São Paulo/SP 18/4/2022 –
Parceria entre a biofarmacêutica e a Hemobrás dará autonomia à estatal para a fabricação do medicamento oferecido gratuitamente para tratamento pelo SUS
Para a Takeda, proporcionar uma saúde melhor para as pessoas vai além do desenvolvimento de tratamentos inovadores. Envolve também a ampliação e aceleração do acesso à saúde por meio de parcerias estratégicas e inovação tecnológica. Nesse contexto, a biofarmacêutica, com 240 anos de trajetória e presente no Brasil há cerca de 70 anos, está comprometida em garantir o sucesso da Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP), firmada com a Hemobrás, para a transferência de tecnologia para que a estatal possa produzir, em breve, um medicamento indicado para o tratamento da hemofilia A, dando continuidade ao cuidado aos pacientes que convivem com esta condição no Brasil.
“Realizar parcerias com públicos estratégicos é fundamental para promover a sustentabilidade dos sistemas de saúde, pois os resultados têm impactos positivos diretos ao país, principalmente, aos pacientes. Por meio dessa transferência de tecnologia, estamos capacitando e colaborando com a autonomia da Hemobrás para a fabricação de um medicamento de biotecnologia e engenharia genética que não demanda do plasma humano para hemofilia A, que irá garantir a continuidade da oferta de tratamento gratuito pelo SUS, no futuro próximo”, diz Rafael Fortes, Diretor Executivo Patient Value & Market Access da Takeda no Brasil.
Segundo dados do relatório da Federação Mundial de Hemofilia de 2020 (World Federation of Hemophilia) o produto da PDP é a tecnologia mais usada no mundo. “Estamos falando de um tratamento consolidado globalmente. Portanto, eficaz, de qualidade e seguro aos pacientes e, que além disso, está dentro das possibilidades orçamentárias do SUS. Logo, a tecnologia que está sendo transferida pela Takeda à Hemobrás atende os protocolos de tratamento da doença1, que preconizam a terapia de reposição regular (profilaxia) do fator concentrado de coagulação para prevenir sangramentos e demais complicações da hemofilia, dentro da realidade do sistema de saúde brasileiro, em que nenhum paciente fica desassistido”, detalha o executivo.
A biofarmacêutica também está realizando um investimento adicional de até US$ 250 milhões (~R$ 1,2 bilhão) no parque fabril da Hemobrás em Goiana/PE. A construção está em andamento e o capital é totalmente gerido pela operação local da Takeda, em parceria com a divisão responsável pelas instalações fabris da biofarmacêutica pelo mundo (Global Manufacturing and Supply).
Além de assegurar tratamento dos pacientes que fazem uso deste medicamento no futuro, a PDP deixará outros legados ao complexo industrial de saúde nacional, como a geração de novos empregos e estímulo à inovação na saúde. “Entendemos que falar sobre esses esforços, no mês em que o Dia Mundial de Hemofilia (17/04) é celebrado, é a melhor forma de reforçar o cuidado legítimo da Takeda com os pacientes, seja por meio de soluções que transformam vidas ou pela ampliação do acesso às inovações que desenvolve”, finaliza Fortes.
Sobre as Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs)
As chamadas PDPs são parcerias realizadas entre duas ou mais instituições públicas ou entre instituições públicas e empresas privadas, buscando promover a produção nacional, o que pode incluir a transferência de novas tecnologias.
As PDPs visam garantir o acesso a medicamentos e produtos para saúde considerados estratégicos para o SUS, por meio do fortalecimento do complexo industrial do país. O objetivo é fomentar o desenvolvimento nacional para reduzir os custos de aquisição dos medicamentos e produtos para saúde que são importados ou que representam um alto custo para o SUS.
Fonte: Ministério da Saúde
Hemofilia
A hemofilia é uma doença passada de pais para filhos, que afeta especificamente homens. No Brasil há cerca de 12.400 pessoas que convivem com o problema.2 A principal característica da hemofilia é a falta de fatores de coagulação no sangue.3 Isso provoca sintomas que podem ser graves e que muitas vezes limitam a autonomia dos portadores, como sangramentos espontâneos, problemas nas articulações ou hemorragias internas, em casos graves.1
O tratamento tem objetivo de prevenir crises por meio da reposição dos fatores de coagulação por transfusões de sangue. Tratamentos multidisciplinares são importantes para a qualidade de vida. Por isso, é importante manter o acompanhamento com médicos ortopedistas, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, entre outros.4
Referências:
- Federação Mundial de Hemofilia (World Fereration of Hemophilia). Diretrizes para o Tratamento da Hemofilia, 3ª edição (Guidelines for the Management of Hemophilia, 3rd edition). Disponível em https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/hae.14046
- Mariana Sayago et al. O acesso global e nacional ao tratamento da hemofilia: reflexões da bioética crítica sobre exclusão em saúde. Interface (Botucatu). Disponível em https://doi. org/10.1590/Interface.180722
- Simone Ferreira Pio et al. As bases moleculares da hemofilia A. Rev. Assoc. Med. Bras. 55 (2)
- Manual de hemofilia. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada e Temática. – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 80 p.: il.
Website: http://www.takeda.com