Itajaí, Santa Catarina 11/10/2022 – Uma aquisição demanda planejamento e pesquisa. Quando bem pensada e estruturada, torna-se uma ótima opção para diversificar portfólio e alcançar novos públicos
Em busca de novos mercados e aumento de portfólio, empresas enxergam esse tipo de negócio como uma boa opção
Levantamento realizado pela PwC Brasil apontou um número recorde de fusões e aquisições de empresas no país nos primeiros seis meses de 2022. Segundo a pesquisa, o primeiro semestre registrou 807 transações deste tipo – acima das 706 de 2021, até então recorde histórico do período.
Os setores que registraram maiores operações são os de tecnologia (responsável por 45,72% do total), além do agronegócio, alimentos e bebidas, instituições financeiras e educação. O estudo detalha que entre os principais motivos para a venda estão a necessidade de levantamento de recursos, as dificuldades financeiras, disputas societárias e – em alguns casos – até mesmo a falta de sucessão.
Questões como o aumento na taxa de juros, queda na margem operacional e dificuldade na cadeia de suprimentos (muito por conta de resquícios da pandemia de Covid-19 e tensões geopolíticas, em especial as causadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia) também são trazidas no estudo como pontos de atenção e que podem levar a uma venda.
Já pela ótica de quem compra, a pesquisa destaca a oportunidade de aceleração do crescimento da empresa. Outros motivos seriam a eliminação de concorrentes, aumento de portfólio ou mesmo a entrada em novos mercados.
Estes são justamente alguns dos motivos que fizeram com que a Meu Rodapé, empresa de acabamentos e revestimentos de Itajaí, Santa Catarina, buscasse a compra da também itajaiense Parede Divertida (especializada em quadros decorativos). A possibilidade de entrar em um novo mercado, mas que já conversa com o público da empresa, foi um dos fatores primordiais para que a negociação evoluísse.
“Uma aquisição demanda muito planejamento e pesquisa. Quando a compra é bem pensada e estruturada, torna-se uma ótima opção para diversificar o portfólio e alcançar novos públicos. Mas, é preciso que haja sinergia de todos os lados envolvidos no processo e objetivos claros”, comenta Robson Ferreira, sócio-fundador da Meu Rodapé, que agora passa a oferecer quadros aos seus clientes.
O planejamento citado pelo empresário em muito se justifica pelo crescimento do setor nos últimos anos. Pesquisa realizada pela plataforma Nuvemshop aponta um aumento de 300% nas compras virtuais do setor “casa e decoração” entre 2019 e 2021. Já em relação ao mercado de compras e aquisições, a expectativa agora é de que 2022 supere o ano passado, quando foram realizadas 1659 transações em todo o país – recorde histórico até o momento.
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