São Paulo 10/11/2022 –
O evento reúne líderes globais, organizações da sociedade civil, especialistas e ativistas para discutir sobre os principais desafios.
O mercado de crédito de carbono tem um papel crucial no combate ao aquecimento climático e será um dos assuntos em pauta na COP 27. O evento coincide com as discussões envolvendo o uso de fontes de energia renovável e limpa, que ganharam força no cenário econômico mundial e mobilizam o mercado a buscar soluções que ajudem empresas a consumirem energia da melhor forma possível e minimizar os impactos do aquecimento global.
No Brasil, atualmente o mercado de carbono é voluntário, ou seja, ninguém é obrigado a participar. Mas, além de sustentável, a adesão tem se mostrado lucrativa. Os proprietários de terras que aderem à iniciativa, abrindo mão do direito de desmatar legalmente suas áreas florestais e reduzindo suas emissões, podem acessar recursos financeiros do mercado voluntário de carbono.
“A sustentabilidade é cada vez mais parte da estrutura organizacional das empresas nacionais. Seis em cada 10 empresas possuem uma área dedicada ao tema, segundo uma pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com executivos do setor. Representa um salto em relação ao ano passado, quando 34% dos entrevistados afirmaram ter no seu organograma área para lidar com o assunto. Os dados serão divulgados durante a COP 27”, relata Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).
Segundo esta pesquisa, não foi só dentro das empresas que a sustentabilidade ganhou espaço. Também aumentou a preocupação dos empresários com o impacto na cadeia produtiva: 45% disseram exigir certificados ambientais de seus fornecedores e parceiros na hora de fechar um contrato. Em outubro do ano passado, o percentual foi de 26%. A maioria (52%) das indústrias, de acordo com os entrevistados, também já tiveram de comprovar ações ambientalmente sustentáveis na hora de serem contratadas, contra 40% em 2021.
O oficial de projetos do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Matheus Couto reforça: “estamos vivendo um momento de grande degradação ambiental, mas ainda é possível revertermos este quadro, as soluções baseadas na natureza podem oferecer um terço da mitigação dos efeitos da mudança climática e evitar até 60% da extinção de espécies esperadas até 2050.
Ao longo de 12 dias da COP 27, o público vai discutir sobre o impacto climático na questão financeira, táticas para mitigação dos gases estufa, adaptação climática e formas para conter o aquecimento global.”O cumprimento das metas do acordo de Paris também deverá ser assegurado, visando evitar eventos climáticos extremos, como secas prolongadas, inundações, tempestades, calor extremo, escassez e carestia de alimentos, bem como na transição para uma nova economia, mais inclusiva e mais sustentável, pautada nos princípios da agenda ESG”, conclui Vininha F. Carvalho.
Website: https://www.revistaecotour.news
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