São Paulo 30/1/2023 – Estamos sempre em busca de soluções inovadoras para melhorar ainda mais os resultados do Sistema – destaca João Cesar Rando, diretor-presidente do inpEV
Pioneiro em economia circular, o programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas aperfeiçoa gestão e acumula bons resultados em 2022
A superação de um novo marco reflete o balanço positivo do ano de 2022 para o Sistema Campo Limpo (programa de logística reversa de embalagens vazias e sobras pós-consumo de defensivos agrícolas). Segundo dados do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), entidade gestora do Sistema, o programa acaba de ultrapassar 700 mil toneladas de embalagens destinadas de forma ambientalmente adequada, desde 2002, ano de início de sua operação. Apenas no ano passado, foram destinadas corretamente 52,5 mil toneladas de embalagens vazias.
Com esse resultado, o Brasil permanece na liderança mundial ao encaminhar para destino ambientalmente correto 93% das embalagens comercializadas no país. O investimento contínuo em tecnologia e inovação permite ao Sistema progredir para alcançar o reaproveitamento máximo das embalagens. Já é possível reciclar 100% das embalagens plásticas vazias, inclusive aquelas que não permitem ao agricultor realizar a tríplice lavagem, caso das embalagens de produtos para o tratamento de sementes.
Gestão integrada e eficiente
“Estamos sempre em busca de soluções inovadoras para melhorar ainda mais os resultados do Sistema”, destaca João Cesar Rando, diretor-presidente do inpEV. Um dos exemplos recentes é a expansão do Projeto de Gestão Integrada, que tem dado mais agilidade à tomada de decisões e à alocação de recursos. O inpEV encerrou 2022 com 59 das 100 centrais de recebimento do país sendo administradas nesse novo formato. A padronização de processos visa garantir excelência nos trabalhos desenvolvidos nas centrais, a prova disso é que 42 já foram certificadas pela ISO 9001.
Essa evolução traduz a importância da integração entre os envolvidos para o sucesso do Sistema Campo Limpo. Segundo Rando, a trajetória bem-sucedida do sistema é consequência da participação ativa de todos os elos da cadeia agrícola no processo de destinação de embalagens: fabricantes, distribuidores, agricultores e poder público. “Graças a esse trabalho conjunto, à alta capilaridade e à máxima eficiência do nosso programa de logística reversa, nos tornamos referência mundial em economia circular, modelo que precisa ser adotado de forma ampla pelos diversos setores em nome da conservação do meio ambiente”.
Transferência de tecnologia
O reconhecimento da excelência desse trabalho pioneiro levou o inpEV a assinar, no ano passado, um Convênio de Cooperação com a Campo Limpio Argentina para transferência de tecnologia. “Nosso modelo servirá de referência para o desenvolvimento e implementação de um sistema argentino para recuperar embalagens de produtos fitossanitários, promovendo a sustentabilidade e o cuidado com o meio ambiente. O inpEV vai transferir seu know-how em logística reversa, desde o recebimento do material nas unidades, passando pelo processamento, até a destinação ambientalmente correta”, explica João Rando.
Educação em alta
Outra área de atuação do inpEV que registrou resultados importantes em 2022 foi a da educação e conscientização ambiental. O Programa de Educação Ambiental Campo Limpo, que apoia escolas públicas e privadas em temas alinhados à Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) e aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), atingiu maior número de escolas. Houve a participação de 243 mil alunos de 2.620 escolas (crescimento de 24% em relação a 2021) de 320 municípios (34% mais do que no ano anterior). Desde seu início, em 2010, o programa beneficiou mais de 2,3 milhões de alunos do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental de todo o país.
O ano de 2022 foi marcado ainda por atividades inéditas na comemoração do Dia Nacional do Campo Limpo, em 18 de agosto. Uma ação de sustentabilidade envolveu 95 unidades de recebimento, que mobilizaram a comunidade e conseguiram arrecadar mais de 150 mil mudas de árvores, quantidade capaz de capturar mais de 20 mil toneladas de CO2 da atmosfera em 20 anos do ciclo de vida dessas árvores.
“O trabalho realizado até aqui indica boas perspectivas para 2023, com destaque para a continuidade de investimentos na ampliação das possibilidades de reciclagem. Essa inovação aproxima o Sistema Campo Limpo da autossuficiência econômica, que hoje está em torno de 70%, e aumenta os benefícios ambientais”, completa Rando.
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