Atibaia, SP 30/8/2022 – O avanço das adesões demonstrou o quanto o consumidor brasileiro está cada vez mais consciente sobre educação financeira, ao planejar objetivos pelos consórcios
De janeiro a julho, enquanto as contemplações injetam R$ 40,5 bilhões na economia, as vendas superam 2 milhões de cotas com negócios acima dos R$ 142 bilhões
Ao chegar em julho de 2022, o Sistema de Consórcios conquistou feito histórico ao bater, pela sétima vez consecutiva no ano, recorde de participantes ativos e totalizar 8,88 milhões de consorciados, segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC). O mecanismo alcançou 10,4% sobre o mesmo mês de 2021, quando atingiu 8,04 milhões.
Desde janeiro, quando alcançou 8,21 milhões de participantes ativos, os recordes mensais foram quebrados mês após mês, chegando a julho com o maior volume já atingido pela modalidade em sua história, 8,88 milhões.
As vendas de cotas apresentaram o melhor acumulado no período, somando 2,21 milhões de adesões, 11,6% superiores às 1,98 milhão anteriores. Também os negócios cresceram. Com 15,7% de aumento, marcaram R$ 142,38 bilhões, maiores que os R$ 123,10 bilhões anotados nos mesmos meses do ano passado.
“Neste ano, quando a modalidade completa 60 anos, o avanço constante das adesões demonstrou o quanto o consumidor brasileiro está cada vez mais consciente sobre a essência da educação financeira, planejando seus objetivos pessoais, familiares, profissionais e empresariais pelos consórcios”, esclarece Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.
Ao influenciar diretamente no crescimento dos negócios, os acumulados de vendas de cotas também ampliaram. Houve aumento de 73,6% nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; 25,4% nos veículos pesados; 15,9% nos imóveis; 7,6% nas motocicletas; e, 7,3% nos veículos leves. Somente serviços apresentou retração de 2,6%.
Nas adesões de janeiro a julho, 2,21 milhões de vendas de cotas, a distribuição setorial ficou assim dividida: 857,07 mil de veículos leves; 692,95 mil de motocicletas; 362,46 mil de imóveis; 147,71 mil de veículos pesados, 108,99 mil de eletroeletrônicos; e 38,80 mil de serviços.
As marcas obtidas resultaram nas participações de cada setor onde o Sistema de Consórcios está presente. Foram 80,6% no setor de veículos automotores, divididos em 46,6% para veículos leves, 27,7% para motocicletas, e, 6,3% para pesados; além de 14,6% no de imóveis, 2,6% no de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis e 2,2% nos de serviços.
De janeiro a julho, os negócios atingiram R$ 142,38 bilhões, representando 15,7% de avanço sobre os R$123,10 bilhões totalizados no mesmo período do ano passado.
Em julho, o tíquete médio mensal seguiu em alta. Registrou aumento de 4,4%, ao partir de R$ 61,21, naquele mês do ano passado, para os atuais R$ 63,89.
No acumulado de consorciados contemplados, houve alta de 9,4%, ao subir de 812,89 mil (jan.-jul /2021) para 888,96 mil (jan.-jul /2022). Os créditos disponibilizados, relativos a estas contemplações saltaram, dos R$ 37,38 bilhões anteriores para os atuais R$ 40,53 bilhões com crescimento de 8,4%.
“Ao completar os sete meses deste ano, pode-se notar que o crescimento mensal dos consorciados ativos, gradativo e constante, reafirmou o amadurecimento do consumidor que, ao analisar e avaliar sua capacidade financeira, tem focado no melhor para suas finanças pessoais”, explica Rossi. “Importante adicionar que adesões foram feitas nos vários setores onde os consórcios estão presentes”, complementa.
Setorialmente, houve avanços significativos
De janeiro a julho, as potenciais participações dos acumulados de contemplações proporcionaram expressivas vendas setoriais realizadas nos mercados internos.
Os resultados do Sistema de Consórcios, nestes meses, voltaram a evidenciar que, apesar das oscilações vividas pela economia brasileira com a busca da redução da inflação, reajustes em vários segmentos, com destaque para os alimentos nos supermercados, diminuição do preço dos combustíveis, bem como a influência de um ano eleitoral, dos preparativos para a copa do mundo e das dificuldades globalizadas causadas pela guerra no leste europeu, “o consórcio seguiu crescendo, apoiado nas decisões conscientes dos consumidores quando desejam, com planejamento, adquirir bens ou contratar serviços”, acrescenta Rossi.
Nos sete meses, os indicadores legitimam a presença do consórcio na economia nacional. Na estimativa dos créditos concedidos e potencialmente injetados nos mercados automotivo e imobiliário, verificou-se que o segmento marcou 39,7% de potencial participação no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No setor de motocicletas, houve 52,3% de possível participação, enquanto no de veículos pesados, a relação para os caminhões foi de 34,4%. No acumulado dos seis meses do segmento imobiliário, as contemplações representaram potenciais 11,9% de participação no total de imóveis financiados, incluindo os consórcios.
Momento e perspectivas
Com a recente deflação observada no IPCA de 0,68% em julho e a tendência de retração do índice anual que atualmente projeta 7,2%, aliadas à expectativa de crescimento do PIB para 2,0%, já considerando a entrada dos mais de R$ 40 bilhões em benefícios sociais na economia, acredita-se em maior consumo, menor inadimplência, provocando por consequência a continuidade de crescimento de diversos segmentos.
Neste panorama, levando em conta o caminho positivo da economia, a postura da taxa de juros, os movimentos diários do dólar, as perspectivas político-eleitorais, “confiamos na continuidade do aumento mensal das adesões do Sistema de Consórcios para os próximos meses, sempre apostando em decisões financeiras mais racionais por parte dos consumidores”, projeta Rossi.
De janeiro a julho, o Sistema de Consórcios manteve o ritmo crescente verificado mês após mês. As adesões ultrapassaram 2,21 milhões, registrando 11,7% de crescimento. O tíquete médio de julho anotou avanço, o que elevou o valor dos negócios realizados.
Dos seis indicadores, cinco apontaram aumentos nos totais das vendas de novas cotas: eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, com 82,6%; veículos pesados, com 51,3%; imóveis, com 26,6%; motocicletas, com 7,7%; veículos leves, com 2,1%, enquanto serviços mostraram retração de 22,6%.
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