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Investimentos brasileiros em TI ultrapassaram US$ 45 bi em 2021, diz associação

São Paulo 25/8/2022 – Os resultados da análise quantitativa podem ser suficientes para determinar com base na abordagem mais econômica

No mundo, o país ocupa a 10ª posição entre os países que mais investiram em Tecnologia da Informação no ano passado. Para este ano, a previsão é do aumento de 17,4% no montante de investimentos, percentual maior que a média global, de 11%. Segundo especialista, na hora de investir, as empresas devem avaliar quando é melhor criar o próprio software ou contratar soluções prontas e licenciadas

Os investimentos em Tecnologia da Informação (TI) deram um salto em todo mundo por conta da necessidade de digitalizar os negócios como resposta às restrições impostas pela pandemia da Covid-19. No Brasil, em 2021, os investimentos alcançaram US$ 45,7 bilhões, segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes). Para 2022, a estimativa é que esses aportes aumentem mais 17,4%, percentual maior que a média global, que deve ficar em 11%.

O país aparece em 10º lugar na lista dos que mais investiram em TI. O primeiro lugar é dos Estados Unidos, que desembolsaram mais de US$ 1 trilhão nesse setor no ano passado. No Brasil, entre os destinos dos investimentos, 57,67%, ou US$ 26,3 bilhões, foram usados para a aquisição de hardwares (máquinas e acessórios). Outros US$ 11,3 bilhões (24,65% do total) foram gastos com softwares e US$ 8,1 bilhões (17,67%) foram investidos em serviços de TI. 

Em todo mundo, segundo outro levantamento, agora da Gartner, os gastos com TI crescerão 3% e alcançarão US$ 4,5 trilhões somente em 2022. Para empresas que investem em softwares, uma das dúvidas que acabam surgindo é sobre o que é mais vantajoso: desenvolver um programa próprio – que dê suporte às equipes de gestão, produção ou atendimento de clientes – ou pagar por programas já existentes no mercado.

Na experiência do gerente de TI, Ricardo do Carmo Martins, para fazer essa escolha, é preciso levar alguns pontos em consideração. “Para comparar os custos com precisão, uma empresa deve considerar todos os aspectos relacionados à aquisição, customização e licenciamento dos itens versus a criação dos itens internamente, o que pode exigir a compra de novos equipamentos, bem como envolver custos operacionais e de evolução”, diz.

Segundo ele, os resultados da análise quantitativa podem ser suficientes para determinar com base na abordagem mais econômica e, às vezes, a análise qualitativa aborda quaisquer preocupações que uma empresa não possa medir especificamente. Em relação a desenvolvimento próprio ou contratação de software, Martins ressalta que alguns prós e contras devem ser considerados.

“Em relação a construir o próprio software, algumas das principais vantagens são: a ferramenta é produzida exatamente para as necessidades do negócio; há uma vasta possibilidade de tecnologias que podem ser utilizadas; não é preciso gerar lock-in (estar preso a um contrato de uso de software de terceiros) e não possuir gastos com licenciamento por usuário”, diz.

Já os fatores contra o desenvolvimento de software próprio, na experiência de Ricardo Martins, são: necessidade de evolução frequente da ferramenta (para corrigir bugs, instalar novos recursos, resolver incidentes, instalar novas estruturas etc.) à medida que o negócio evolui; existência de custos operacionais recorrentes com infraestrutura, dados, monitoração; custos altos relacionados à segurança do software, comprometimento da manutenção ao longo dos anos por conta de constantes atualizações e evoluções no sistema.

Os prós e contras da aquisição de softwares disponíveis no mercado

Depois de analisar os pontos positivos e negativos de se desenvolver o próprio software, o gerente de TI, Ricardo Martins, elenca os fatores contra e a favor que devem ser analisados caso a empresa tenha a possibilidade de contratar ferramentas já existentes no mercado.

Entre os prós, estão: as soluções são maduras e podem ser utilizadas por clientes de todos os portes; alguns modelos não necessitam de nenhum tipo de custo operacional (como os de infraestrutura, dados e monitoração, por exemplo); sem contar que a manutenção, evolução e segurança do software são de responsabilidade do fornecedor da tecnologia.

Já entre os pontos negativos da aquisição estão a necessidade de licenciamento por usuário na empresa; a realização de customizações para atender às necessidades mais específicas da organização, ou precisar mudar a forma de trabalho para se adequar à ferramenta; ficar “preso” a um contrato com fornecedor específico e, em caso de mudança de fornecedor, necessitar de um longo projeto de migração para outro software.

“Como podemos observar, ambos os cenários possuem seus respectivos pontos de atenção, que devem ser avaliados pelos times de Tecnologia da Informação e área de negócios a fim de garantir que uma decisão, tomada hoje, não afete o negócio da empresa no médio-longo prazo”, enfatiza Martins, que tem mais de 20 anos de experiência na área.  

Website: http://www.linkedin.com/in/ricarddo

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DINO Agência de Notícias Corporativas

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