São Paulo 24/7/2023 – O Brasil tem viabilizado a criação de iniciativas e certificações específicas para avaliar e reconhecer as empresas que aplicam o ESG de forma consistente.
Ações estratégicas que abordam os desafios ambientais, sociais e de governança de forma integrada reforçam á busca pela sustentabilidade.
A Organização das Nações Unidas (ONU), em 2000, através do então secretário- geral, Kofi Annan, estabeleceu o Pacto Global, sediado em Nova Iorque, que orienta empresas do mundo inteiro a seguirem estratégias em prol de ações por direitos humanos, combate à corrupção e preservação do meio ambiente.
Ao adotar práticas que promovem a proteção do meio ambiente, a responsabilidade social e a boa governança, as organizações estarão investindo numa nova era de negócios com impacto positivo.
“É difícil para uma empresa conseguir levar adiante estas ações de inovação e sustentabilidade, sem que as lideranças estejam verdadeiramente engajadas com esta temática”, enfatiza Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios.
Um estudo realizado pela agência de pesquisa norte-americana Union + Webster, e divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), apontou que 87% da população brasileira prefere comprar produtos e serviços de negócios sustentáveis e 70% dos entrevistados disse que não se importa em pagar um pouco mais por isso.
Para Caroline Soares, Gerente de Supply Chain da Pitney Bowes Brasil, multinacional especializada em soluções de logística, envio de documentos e pacotes, por toda visibilidade e os impactos que causam, é muito importante que as empresas deem ênfase às iniciativas de ESG, pois os consumidores exigem que as companhias adotem práticas sustentáveis do ponto de vista ambiental (uso de energia, disponibilização de resíduos e seleção de matérias primas de baixo impacto na natureza) e também se comprometam do ponto de vista ético e de inclusão social. “Uma empresa bem-conceituada, em termos de ESG, passa a ser referência para as outras, em um efeito dominó que reverbera por toda a cadeia”, salienta.
O Brasil tem viabilizado a criação de iniciativas e certificações específicas para avaliar e reconhecer as empresas que aplicam o ESG de forma consistente. Esses selos e classificações fornecem uma referência importante para os investidores e consumidores, permitindo que eles identifiquem e apoiem empresas comprometidas na transformação.
Para Thais Blanco, fundadora da THBlanco Gestão da Transformação e sócia-fundadora da Evolure Consultoria, a implementação de uma Cultura ESG é a chave para quebrar as correntes da conformidade e trazer uma transformação real. “Implementar práticas ESG não é mais apenas um exercício de marcação de checkbox; as organizações devem adotar uma abordagem realmente transformadora, integrando a transformação organizacional e a cultural para implementar práticas ESG de maneira estratégica, material e efetiva”.
A criação de uma área voltada para esta agenda, liderada por um profissional que tenha na bagagem o conhecimento técnico para promover a cultura ESG e formar multiplicadores fortalece este desafio dentro das empresas.
“Empresas comprometidas com o ESG investem em tecnologias limpas, reduzindo a emissão de poluentes e contribuindo para a melhoria da qualidade do ar”, conclui Vininha F. Carvalho.
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