São Paulo 3/10/2022 – A tecnologia bem aplicada desburocratiza e automatiza processos internos, permite a redução dos erros e, principalmente, de custos desnecessários
Entre os países da América Latina, o país figura como maior investidor, segundo relatório da Associação Brasileira das Empresas de Softwares. Em 2021, o país investiu US$ 45 bilhões em hardware, software e serviços em TI. Para este ano, a previsão é de aumento de 10,6% desse mercado no país
Em se tratando de aportes de recursos em Tecnologia da Informação (TI), o Brasil está entre os 10 países que mais investem nesse setor. Levantamento feito pela Associação Brasileira de Empresas de Softwares (Abes), baseado em relatórios da International Data Corporation (IDC), mostra que, em 2021, os investimentos feitos por empresas brasileiras atingiram US$ 45,7 bilhões.
Desse total, 57,67% dos investimentos (US$ 26,3 bilhões) foram usados na aquisição de máquinas (hardwares), 24,65% (ou US$ 11,3 bilhões) de softwares e 17,67% (US$ 8,1 bilhões) foram investidos em serviços de tecnologia. De janeiro a dezembro deste ano, as expectativas são que mercado de TI como um todo tenha um crescimento de 10,6%.
Entre os destinos dos aportes em TI, pesquisa realizada pela Deloitte, mostrou que entre os investimentos previstos por grandes empresas em 2022, 96% seriam reservados para aquisição de aplicativos, sistemas e ferramentas de gestão. A preferência por estes tipos de ferramentas ou softwares é consequência da maior agilidade e precisão buscadas pelas empresas em seus processos gerenciais, como explica o consultor em Tecnologia, Luis Henrique Wathier Nardi.
“Administrar uma empresa hoje em dia não é uma tarefa fácil, principalmente quando não se tem o uso de uma ferramenta de gestão que auxilie nos registros das informações do negócio. Além de enfrentar adversidades, como desorganização, informações soltas e análises fora da realidade, corre-se o risco de decisões equivocadas”, analisa.
Segundo o consultor, softwares de gestão têm a função de melhorar decisões no âmbito empresarial. Ele explica que o ponto relevante na adoção de um software de gestão para a empresa é a otimização do planejamento e desenvolvimento do negócio, aliado a um uso mais avançado para que os processos sejam mais rápidos e eficientes. “A tecnologia bem aplicada desburocratiza e automatiza processos internos, permite a redução dos erros e, principalmente, de custos desnecessários”, comenta.
Além desses benefícios, Nardi também cita como vantagens da implementação de softwares de gestão a economia de trabalho, de tempo, de dinheiro, otimização no gerenciamento das tarefas, decisões assertivas, eficiência das operações. “Sem contar o fato de estar trabalhando sempre com inovação e tecnologias de ponta. Junto com os softwares de gestão, empresas costumam dar um upgrade no processo como um todo, através de consultorias especializadas que tem como principal missão aproximar a empresa dos indicadores gerados pelo bom uso do software”, conclui o profissional, que tem mais de sete anos de experiência na área.
Previsão de aumento dos investimentos de TI para 2022 mantém Brasil como líder na América Latina
O total de investimentos em Tecnologia da Informação em 2021 coloca o Brasil na liderança de aportes no setor na América Latina. Segundo os dados do IDC analisados pela Abes, o país ocupa a décima posição global entre os investimentos. Mas é líder entre os países latinos do continente. O país possui, hoje, 1,65% dos investimentos em tecnologia em nível global, e 40% dos investimentos em toda a América Latina.
O total de investimentos da região alcançou US$ 115 bilhões, dos quais US$ 45,7 bilhões foram feitos pelo Brasil, como mencionado acima. Para este ano, considerando também o mercado de Telecom, os investimentos devem ter um aumento de 8,2% em relação a 2021. Apenas com Telecom, o crescimento deverá ser de 4,0% impulsionado pelo avanço dos dados móveis e os impactos da implantação do 5G no país.
Considerando os investimentos em tecnologia implementados pelo setor empresarial, a previsão de crescimento para este ano será de 8,9%, impulsionado pelo avanço das soluções em nuvem e pela retomada do mercado de serviços, além de boas perspectivas para o mercado de softwares.