São Paulo 19/10/2022 –
Detectar a doença o quanto antes é fundamental diante do envelhecimento da população mundial
Os números da Organização Mundial de Saúde (OMS) dão a dimensão do desafio: 35,6 milhões de pessoas no mundo e 1,2 milhão no Brasil sofrem do Mal de Alzheimer. As projeções da OMS ainda dão conta de que os casos devem dobrar até 2030 e triplicar até 2050, em razão do envelhecimento da população. E quanto mais preciso o diagnóstico, maiores as chances de uma conduta médica assertiva e adequada ao paciente.
A boa notícia é que, esse ano, chegou ao Brasil, um novo exame que irá auxiliar no diagnóstico: o primeiro exame de sangue de suporte ao diagnóstico da Doença de Alzheimer, capaz de detectar a doença em pacientes com suspeita clínica. Soma-se a isso o PET amiloide Florbetabeno, com tecnologia que mede a carga da proteína beta amiloide no cérebro.
O exame de sangue mede a Relação Beta Amiloide 42/40. Quando esta relação mostra índices diminuídos, ela tem sido associada a um risco de Alzheimer acima da média dos indivíduos. Aliados aos recursos de imagem já existentes, tomografia e ressonância magnética, contribuem para a precisão do diagnóstico, tratamento e prognóstico do paciente, sempre somados ao seu histórico clínico, este fundamental para que a indicação dos exames obtenha o melhor aproveitamento dos resultados.
Os novos recursos diagnósticos foram apresentados na conferência “Atualizações dos biomarcadores do Alzheimer” durante o 54º Congresso da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial, coordenada pelo médico patologista clínico Alvaro Rodrigues Martins e com a participação dos também patologistas clínicos Gustavo Bruniera Peres, diretor da SBPC/ML e Dra Lívia Barosa Avallone, especialista em patologia clínica/medicina laboratorial.
“A disponibilidade desses exames ainda é restrita, mas ter um marcador específico para o Alzheimer, é um ganho importante porque permite contornar indicação inicial de exames invasivos. Somados aos dados à história clínica de cada paciente e recursos que já existem, permite que o Alzheimer seja detectado, ainda em fases iniciais da doença” explica o doutor Álvaro.
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