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Brasil lidera ranking de exportação de produtos de beleza

Especialista comenta a projeção para 2023 após três anos de crescimento e os motivos para o Brasil conseguir expandir o setor

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7/2/2023 –

Especialista comenta a projeção para 2023 após três anos de crescimento e os motivos para o Brasil conseguir expandir o setor

O Brasil cresce pelo terceiro ano e vem se tornando uma referência em procedimentos estéticos no mundo. De acordo com o setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC), o comércio internacional de produtos brasileiros vem se expandindo e mostrando que existe qualidade na produção nacional e sua importância para a economia. Esse aumento reforça a presença brasileira no mercado internacional, o que abre oportunidades para empresas focadas na beleza e no bem-estar.

Segundo a ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), entre janeiro e setembro do ano passado, a categoria cresceu cerca de 13,5%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Ainda de acordo com a entidade, neste período, a receita faturou US$ 128 milhões, com destino a 117 países. Nas Américas, os principais destinos foram Argentina (US$ 47,39 milhões), Estados Unidos (US$ 16,84 milhões) e Colômbia (US$ 9 milhões).

De acordo com a ABF (Associação Brasileira de Franquias), as redes de estética lideram o ranking do mercado que mais cresce no Brasil pelo terceiro ano consecutivo, e tem feito sucesso em outros países. No ramo de franquias, na área da Saúde, Beleza e Bem-estar, faturou-se aproximadamente R$ 34,2 bilhões, colocando o Brasil como o maior mercado de estética e beleza da América Latina, e o quarto no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Japão.

Os reflexos da pandemia no setor e sucesso internacional

Segundo a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), os produtos brasileiros do setor de HPPC se destacam no mercado internacional por vários fatores, especialmente a produção sustentável e a associação de branding com a fauna e flora do país, principalmente a Amazônia. 

Para a Dra. Patrícia Leite Nogueira, cirurgiã plástica, o mercado brasileiro é anticrise. “É um mercado que teve uma diminuição muito irrisória durante o período de pandemia, em que todos os setores diminuíram e as pessoas pararam de ter os gastos com produtos e serviços típicos de um movimento social normal”.

De acordo com a cirurgiã plástica, as pessoas com maior poder aquisitivo pouparam seus gastos durante o período da pandemia, e isso possibilitou uma série de sonhos, como comprar um relógio de luxo, fazer um procedimento médico, decidir comprar um imóvel ou não. “É um mercado que continua em alta independente das diversas crises econômicas, sociais e políticas pelas quais estamos passando. Então é um mercado pulsante”, completa.

Perspectiva de crescimento para 2023

De acordo com o Ministério do Turismo, o turismo estético está ganhando cada vez mais força nos últimos anos. A prática pode virar lei no Brasil para atração de investimentos estrangeiros, com possibilidade de injetar até R$ 15 bilhões na economia. O crescimento de mercado, a entrada maciça de novos produtos e insumos no mercado brasileiro vindos principalmente da Ásia são destaques. O Brasil está se destacando na América Latina, que está sendo considerada o polo mundial de estética, beleza e de procedimentos.

Segundo estimativa da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), o Brasil realiza cerca de 1,5 milhões de cirurgias plásticas por ano. 57% desses procedimentos são estéticos, enquanto 43% são reparadores. Desse total, cerca de 7% são realizadas em estrangeiros. A expectativa é de crescimento de 35% nos próximos cinco anos. 

Em âmbito global, de acordo com uma publicação da Patients Beyond Borders, o mercado atual gira entre US$ 65 e US$ 87,5 bilhões. No Brasil, são cerca de 24 milhões de pacientes, que gastam média de US$ 3,4 mil por visita ao país, incluindo custos médicos, serviços locais, transporte, internação, acomodação e tratamentos estéticos. Os preços podem ser entre 20% e 30% menores do que em países como Estados Unidos.

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DINO Agência de Notícias Corporativas

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