São Paulo 28/10/2022 – Os operadores logísticos terceirizados, também conhecidos com 3PL, são experts no que fazem e trazem solução segura, eficiente e eficaz.
A escolha do parceiro logístico pode impactar diretamente no faturamento das companhias. Especialista orienta direcionamentos sobre essas contratações.
A atividade do operador logístico é essencial para o dia a dia da sociedade de forma geral. No entanto, pode passar despercebida. Poucos sabem que é esse setor que faz com que os alimentos cheguem até as prateleiras dos supermercados; os medicamentos às farmácias; as compras pelo e-commerce até as residências.
À primeira vista parece algo específico e muito longe da realidade das pessoas comuns, beneficiando apenas empresas e indústrias. No entanto, o setor é tão abrangente que, no levantamento de 2022, divulgado pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL), a receita bruta do setor foi de R$ 166 bilhões.
A parceria comercial entre os operadores logísticos e as empresas pode ser um fator determinante, inclusive para o aumento ou queda do faturamento. Segundo o engenheiro e administrador Edson Carillo, sócio-fundador da Connexxion Consulting, a escolha deste prestador de serviço exige investigação, principalmente, sobre o relacionamento continuado e duradouro que mantém com outras empresas.
“O tempo de parceria, ou seja, o bom desempenho operacional e as boas relações de trabalho são alguns indicadores de que o prestador de serviço é confiável. Neste sentido, o contratante pode ter feito uma boa escolha. Normalmente, os operadores logísticos terceirizados, também conhecidos com 3PL, são experts no que fazem e trazem solução segura, eficiente e eficaz”, garante.
O empresário ainda explica que a maioria das empresas utiliza serviços terceirizados com vistas à redução dos custos. Também é frequente elas considerarem sua adoção para outras situações, como melhoria do nível de serviço, acesso a tecnologias, em especial de TI – Tecnologia da Informação – e, ainda, para atingir novos mercados.
Para orientar no processo de contratação do Operador Logístico, bem como na implantação do serviço terceirizado, Carillo elaborou um passo a passo com 10 etapas.
10 etapas para a escolha do prestador de serviço de Operação Logística:
1 – Definir, estrategicamente, qual o papel da logística e quais as oportunidades de terceirização. Estabelecer uma equipe que identifique os requisitos presentes e futuros; analisar como a estrutura atual poderá atender a estes requisitos e quais são os planos de ajustes; isto é, planos para aquisição de novos sistemas, equipamentos, entre outros.
2 – Uma análise crítica dos pontos fortes e fracos e como melhorar o desempenho são importantes. Isto também permite estabelecer os parâmetros para a contratação, como níveis de desempenho realizado e esperado, gastos atuais e gasto-alvo, entre outros. Ainda, nesta etapa, será estruturada a terceirização; isto é, deve-se considerar que alguns 3PLs são melhores em transporte, outros em armazenagem ou em outras atividades; deve-se estabelecer os limites da terceirização. Qual o papel do prestador de serviços e, principalmente, qual será o papel da empresa nas atividades terceirizadas. São situações como essas que levam empresas a terem mais de um prestador de serviços logísticos.
3 – Relacionar os possíveis 3PLs, aqueles capazes de atender aos requisitos. Não é muito frequente, mas desejável, a emissão de um formulário para informações a ser encaminhado a um número maior de operadores logísticos, a fim de preencherem e responderem para uma análise mais profunda.
4 – Especificação de processos, requisitos e tudo o que vai fazer parte do contrato. Apesar de todas as etapas terem relevância, essa é a mais significativa já que, neste momento, será definido qual serviço será prestado. Uma relação de absolutamente tudo deve ser feita. Não pode restar dúvidas ou indefinições.
5 – Todas as propostas devem ter a mesma base; isto é, que os candidatos tenham entendido claramente qual o objeto e objetivo da terceirização, que tenham respondido exatamente sobre esses requisitos e, consequentemente, os custos associados.
6 – É sugerido que pelo menos duas empresas sejam consideradas após a análise. Elas passarão para a etapa de due diligence. Uma avaliação detalhada das operações das proponentes deve contemplar o contato com alguns de seus clientes. Além disso, uma entrevista com o executivo, inclusive, para negociações.
7 – Nesta etapa o prestador de serviços foi escolhido. Serão formalizados o contrato e a formação da equipe de implementação, que deve ser composta por profissionais que entendem o que está sendo contratado e que, preferencialmente, tenham participado de todo o processo de terceirização.
8 – Plano de implementação. É a fase do fitting, dos ajustes. É quando são estabelecidas todas as interfaces, incluindo relatórios dos sistemas de informação, ambientação da equipe operacional e adequação dos processos – aderência. Também se considera esta fase como preparação de infraestrutura, incluindo a apuração do desempenho operacional e modelo de acompanhamento dos indicadores (KPIs).
9 – Treinamento do pessoal. Está quase tudo pronto para a transferência das atividades ao 3PL. Mas, por falta de tempo e/ou comodidade, é frequente “pular” esta etapa. Repasse do processos e treinamento do pessoal operacional; momento das revisões das instruções de trabalho e ajustes finais.
10 – Programa de melhoria. Com a operação implementada, vem a fase da melhoria contínua. É quando o 3PL tem sua experiência explorada na otimização e potencialização dos processos, níveis de serviço e, consequentemente, ganhos de produtividade. Aqui o benefício maior vem com a continuidade do contrato de prestação de serviços.
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