Rio de Janeiro, Rio de Janeiro 17/10/2022 – A poesia de Viviane Viana se afasta da semiótica fria, que fez com que o gênero perdesse leitores, e entrega poemas compreensíveis e musicais.
O livro “Cada um sabe onde o poema aperta”, da escritora Viviane Viana, está em pré-venda e será lançado em novembro, no Rio de Janeiro.
Em tempos marcados pela intolerância, chega ao mercado editorial o livro de poesia Cada um sabe onde o poema aperta (Caravana Editorial), da escritora e jornalista Viviane Viana, que trata de problemas sociais contemporâneos. O livro está em pré-venda e será lançado em 19 de novembro, no Rio de Janeiro.
Dividido em três partes – Traço, Laço e Estilhaço –, o percurso literário tem início com a apresentação do traçado poético da autora, com destaque para os poemas Roubo qualificado, Rouge e Pingos nos is, este último dedicado ao grupo Mulheres Rodadas, eco da voz feminina no carnaval de rua carioca. Na segunda parte, a poeta abraça o leitor com seu lirismo para tratar de questões como o preconceito e o aumento da pobreza e da população de rua.
Em Estilhaço, conforme sugere o título, o “poema aperta”. Começa com Gare, poema em que conversam Solano Trindade e Manuel Bandeira para denunciar a fome, e chega a Legado Betinho, em homenagem ao sociólogo e ativista dos direitos humanos no Brasil, Herbert de Souza. Nessa parte estão presentes também temas como a violência contra a mulher e a destruição da Amazônia.
De acordo com a professora Ana Jurkiewicz, que assina a orelha da obra, “a poesia de Viviane Viana se afasta da semiótica fria, que fez com que o gênero perdesse leitores ao longo dos anos, e entrega poemas compreensíveis e musicais”. Já o editor Leonardo Costaneto ressalta o “flerte da escritora com a poesia visual ou concreta”, que fica mais evidente no poema Ferrugem, sobre a política de segurança adotada nas grandes metrópoles.
Sobre a autora
Viviane Viana nasceu no Rio de Janeiro, em 1975. Morou em Madri, São Paulo, Brasília e Natal. Publicou o livro infantojuvenil Tirando de Letra (Matrix Editora), dedicado à causa autista, uma de suas bandeiras, e participou da antologia Travessia: literatura para atravessar o fascismo (Editora Libertinagem). Como jornalista, atuou nas redações dos jornais O Dia (RJ), Folha de S. Paulo, Tribuna do Norte (RN) e na agência de notícias EFE. Foi também coordenadora da TV Escola.
Website: http://www.vivianeviana.com.br
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