São Paulo 1/12/2022 – Quando a pessoa percebe a mancha, ela já está instalada. Dificilmente some, só minimiza.
O estudo ainda aponta que a condição é desencadeada por outros fatores, como a exposição solar, e aborda a dificuldade no tratamento, já que as manchas não desaparecem completamente na maioria dos pacientes e as recidivas são frequentes
Com o objetivo de reunir os estudos mais recentes sobre o melasma, caracterizado por manchas em tons acastanhados, pesquisadores fizeram uma revisão de artigos científicos publicados sobre essa condição, o Update on Melasma—Part I: Pathogenesis e o Update on Melasma—Part II: Treatment, divulgados no periódico científico Dermatology and Therapy.
Os dados coletados apontam que os hormônios sexuais femininos são fatores de risco para o desenvolvimento desta hiperpigmentação, como os desequilíbrios devido à gravidez, tumores ovarianos, terapia de reposição hormonal e contraceptivos. E a prevalência de melasma após estímulo hormonal varia, sendo que 14,5% a 56% dos casos apurados ocorreram em mulheres grávidas, enquanto de 11% a 46% estavam associados ao uso de anticoncepcionais. A exposição direta ao sol, ocupacional ou intencional, também é outra ameaça, e isso foi relatado de 27% a 51% dos pacientes.
O problema é que isso pode causar incômodos e afetar a autoestima. “Quando a pessoa percebe a mancha, ela já está instalada. Dificilmente some, só minimiza. E, embora a incidência seja mais prevalente no rosto, pode acometer outras partes do corpo”, explica Geisa Costa, médica dermatologista.
O estudo também aponta que o melasma é multifatorial e pode ser desencadeado por genética, principalmente quando os pais apresentam a condição; pelo estresse oxidativo, quando há excesso de radicais livres que provocam danos celulares e isso reflete na pele; e até alterações funcionais, como o comprometimento da barreira cutânea, que pode acontecer por falta de hidratação.
Para os pesquisadores, o tratamento do melasma é desafiador, já que as manchas não desaparecem completamente na maioria dos pacientes e as recidivas são frequentes. “Em primeiro lugar, recomendamos a proteção solar diária para prevenir, proteger e manter a pigmentação sob controle durante e após o tratamento. Pode usar o filtro com ou sem cor. E ainda aplicar uma maquiagem com FPS para potencializar o resultado”, comenta a especialista, que é membro da Sociedade Latino Americana de Dermatologia Pediátrica e Membro da Sociedade Brasileira de Laser.
A associação de clareadores tópicos deve ser considerada, assim como medicamentos orais. E alguns procedimentos, como o microagulhamento, complementam o tratamento tópico. Os peelings químicos atuam principalmente via renovação epidérmica. “Pode ser indicado ainda o laser, mas é preciso uma boa avaliação, já que o calor induz a hiperpigmentação”, alerta Geisa Costa, diretora clínica e fundadora do Art Beauty Center (São Paulo e Uberaba/MG).
O documento também aponta que mais pesquisas estão sendo realizadas e levam em conta novos tratamentos e a combinação de medicação disponível, assim como estratégias que reduzem o estresse oxidativo. Tudo para tentar acabar de vez com esse problema.
Website: https://artbeautycenter.com.br/
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