Brasília, Distrito Federal 17/11/2022 –
As práticas e estratégias propostas pela CNI para as Indústrias brasileiras será destaque na conferência, já que o país é um dos mais competitivos e comprometidos quando se fala em sustentabilidade energética.
Com a aproximação da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP27, reabre-se novamente o debate sobre a utilização de energias sustentáveis na indústria brasileira. O setor se destaca por possuir uma matriz energética com grande participação de fontes renováveis, o que acontece em poucos países do mundo.
A indústria brasileira é considerada uma das mais competitivas do mundo quando se fala em sustentabilidade e emissões de gases de efeito estufa (GEE). Segundo o Balanço Energético Nacional 2021, a composição da matriz elétrica brasileira é a seguinte: as fontes renováveis representaram 84,8% da matriz elétrica do país, sendo que as principais fontes são a hidráulica, a eólica, a biomassa e a solar.
Apesar disso, o Brasil ainda terá um grande desafio em manter os percentuais para atingir padrões de energia sustentável e socioeconômica parecidos aos de países desenvolvidos. E a indústria brasileira é parte importante para solucionar essa questão e para o desenvolvimento sustentável do país, além de ser uma grande aliada na promoção de investimentos verdes.
Para isso, a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) definiu quatro pilares importantes para o incentivo da economia do baixo carbono: transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação florestal. O objetivo é continuar e acelerar as medidas propostas pelo o Brasil no Acordo de Paris, no qual foi proposta a redução de 37% de suas emissões de GEE até 2025 e uma contribuição indicativa de 43%, além de medidas adicionais em energias renováveis e eficiência energética.
Além disso, foi proposta uma participação estimada de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética em 2030, por meio do aumento da utilização de eólica, biomassa, solar e biocombustíveis. A promoção de novos padrões de tecnologias limpas e ampliar medidas de eficiência energética e de infraestrutura de baixo carbono na indústria. E, expandir o consumo de biocombustíveis, de modo que a participação de bioenergia sustentável na matriz energética aproxime-se de 18% até 2030.
Para que tudo isso possa de fato ser mais efetivo no país, são necessárias mais políticas públicas que levem adiante uma agenda positiva e estruturante. Uma notícia positiva em relação a essa questão é que, segundo o Emissions Gap Report, o Brasil é um dos poucos países integrantes do G20 que estão cumprindo as metas propostas.
Principais fontes de energia renovável
Segundo a CNI, as energias renováveis provêm de recursos naturais teoricamente inesgotáveis – porque se renovam natural e constantemente – e são consideradas limpas.
São fontes de energia renováveis: a hídrica (energia da água dos rios), a solar (energia do sol), a eólica (energia dos ventos), a de biomassa (energia de matéria orgânica), a geotérmica (energia do calor interior da Terra) e a oceânica (energia das marés e das ondas).
O hidrogênio verde – produzido a partir da eletrólise da água, com fontes de energia renováveis, principalmente a eólica e a solar – também pode fazer parte dessa lista.
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