22/2/2023 –
Chatbot que chamou a atenção de investidores como a Microsoft vem apresentando soluções para usuários e empresas, porém, ainda apresenta erros e limitações. André Maranhão, CSO e Founder da Ray Consulting analisa funcionalidades e precauções para o uso da ferramenta
O ChatGPT, ferramenta de Inteligência Artificial (IA) desenvolvida pela empresa OpenAI, vem movimentando as conversas sobre a capacidade de desenvolver conteúdos e oferecer respostas complexas e bem estruturadas através de um chat que interage com os usuários. Para exemplificar seu impacto, há poucos dias a Microsoft anunciou que o Bing, site de pesquisas da gigante da informática, terá acesso à inteligência.
A chegada da ferramenta é mais um reforço à tendência da adoção de IA por empresas ao redor do mundo. O Gartner, consultoria especializada em TI, projeta que os investimentos em tecnologia movimentarão cerca de R$ 4,5 bilhões neste ano. O mesmo documento prevê, ainda, aumento de empregos no setor e alta de 5,5% no segmento de serviços de TI para 2023.
Neste contexto, manter-se atualizado pode ser um diferencial para empresas e indústrias. Para André Maranhão, Founder e CSO da Ray Consulting, startup de inteligência de dados, que atua com ferramentas como Big Datas, Análises de Mercado, DataMarketing, entre outros, considera que soluções como o ChatGPT ajudam, mas devem ser utilizadas com inteligência e atenção aos dados obtidos.
“A priori, o ChatGPT e inteligências similares podem nos ajudar a criar textos, roteiros, relatórios, scripts, códigos de programação, entre muitas outras possibilidades”, analisa. Ele pondera, no entanto, que “é temerário utilizar sua informação crua para criar textos importantes, como reports, análises e matérias, pois, muitas vezes, ele pode fornecer informações fora de contexto ou desatualizadas”, afirma.
As informações de que o sistema conseguiu aprovação em alguns exames para médico, advogado e MBA nos EUA trouxe à tona o debate sobre os limites de sua capacidade. Porém, conforme informado pelo especialista da Ray Consulting, usuários têm encontrado erros importantes. Por exemplo, especialistas afirmam que ele não pode substituir profissionais como advogados, médicos, analistas de tecnologia, entre outros.
“Vale lembrar que é temerário buscar insights para orientar negócios, considerando que, até o momento, o chatbot trabalha com uma base de dados alimentada até o ano de 2021. Outro ponto de debate no mundo são as fontes, de difícil verificação durante as interações”, comenta André Maranhão.
Por fim, a OpenAI informou que atualmente o conteúdo está em testes e pode cometer erros e “ pode ocasionalmente gerar informações incorretas ou enganosas”. Para o CSO da Ray Consulting isto demanda ainda mais cautela. “Decisões de empresas demandam mais cuidados que pesquisas de usuários interagindo com uma ferramenta, ainda que disruptiva. Insights e soluções de negócios precisam de análises aprofundadas e baseadas no presente”, finaliza.
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