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Compras de empresas tiveram quedas em 2022

Estudo demonstra que que o setor de fusões e aquisições entre empresas caiu 17% em relação ao ano passado; Especialista acredita que, apesar dos números, essa ainda é uma opção para impulsionar os negócios

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16/12/2022 –

Estudo demonstra que que o setor de fusões e aquisições entre empresas caiu 17% em relação ao ano passado; Especialista acredita que, apesar dos números, essa ainda é uma opção para impulsionar os negócios

De acordo com o relatório Transactional Track Record de novembro deste ano, o número de transações de fusões e aquisições (M&A) realizadas no Brasil em 2022 foi reduzido 17% em relação ao ano passado, registrando um total de 2.006 transações e movimentando mais de R$ 200 bilhões. 

Os Estados Unidos foi o principal país escolhido para os investimentos das empresas brasileiras, resultando em 49 transações e atingindo mais de R$ 7,2 bilhões. Em contrapartida, o país norte-americano diminuiu suas compras de empresas do Brasil em 16%, em relação ao mesmo período do ano passado, entretanto, os Estados Unidos e o Reino Unido ainda são os países que mais investem no Brasil, sendo 194 e 40 aquisições, respectivamente. 

Apesar do número menor, essas operações se mantiveram como opção estratégica para muitas organizações crescerem durante a crise. Companhias bem posicionadas se valeram das oportunidades para adquirir concorrentes menores ou com serviços complementares. 

Nestor Casado, CEO da Capital Invest – M&A Advisors, boutique de M&A que presta serviço de assessoramento financeiro em fusões e aquisições, ressalta que diversas organizações vêm utilizando esse caminho – de compras de empresas já em funcionamento -, para ampliar sua participação de mercado e portfólio de soluções. 

Ainda segundo o relatório TTR, a liderança das transações de M&A ficou com o setor de tecnologia, especificamente no segmento de Software e Serviços de TI. Foram 413 operações de M&A realizadas até novembro, redução de 27% comparado a 2021. Em seguida vem o segmento de Software Específico para Indústria, que respondeu por 293 transações. 

Segundo o CEO da Capital Invest, enquanto algumas empresas acabaram se deparando com dificuldades financeiras durante a crise, outras se destacaram e mantiveram um bom crescimento. 

Contudo, o especialista observa que antes de ir às compras é necessário tomar certos cuidados. Dentre os passos necessários está a reflexão sobre as reais motivações para comprar outra empresa e como essas se alinham ao objetivo estratégico da organização que pretende fazer a aquisição.

“Outro passo importante é avaliar as sinergias entre a companhia a ser adquirida e o seu negócio”, pontua Casado. “Essa avaliação deve englobar uma análise sobre o potencial de crescimento do negócio, quais aspectos de diversificação essa compra proporcionará, entre outras questões”. 

A pesquisa de mercado – processo que considera as diversas opções de empresas com o perfil desejado disponíveis no mercado – é fundamental para que a compra de uma empresa seja realizada da melhor maneira, do ponto de vista da estratégia do negócio, minimizando os riscos de uma seleção de empresa-alvo equivocada, além de ampliar as oportunidades reais de expansão das operações. 

Na avaliação do CEO da Capital Invest, o segmento de tecnologia deve continuar entre os líderes das operações de M&A. Isso porque mesmo as empresas dos segmentos mais tradicionais precisam acelerar sua digitalização, o que foi amplamente visto no cenário pós-pandemia.

A análise de Casado também se comprova no mencionado relatório da TTR, sendo que o segmento Tecnologia segue como o mais movimentado do ano, em tendência que se mantém desde 2014,  “Nesse sentido, mantêm-se no radar de investimento companhias com foco em outsourcing, serviços em nuvem, ERP, e-commerce e marketplaces”, finaliza. 

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DINO Agência de Notícias Corporativas

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