16/2/2023 –
O ano de 2022 teve uma adesão menor que o ano anterior, mas isso não desanimou 45% dos lojistas que se demonstraram satisfeitos com as vendas consolidadas. Agora, 2023 tem como expectativa superar o ano anterior em um mercado mais consolidado
Já é consenso que o e-commerce se consolidou nos últimos três anos e teve como estopim para isso o advento da pandemia de Covid-19. O fenômeno que já era programado devido ao avanço das ferramentas de vendas digitais junto a uma operação logística que desse conta da demanda, fez com que as vendas digitais em 2021 aumentassem 27% em relação ao ano anterior, faturando R$ 161 bilhões segundo pesquisa da Neotrust. Tal horizonte se manteve como perspectiva para os comerciantes em geral e 2022 foi desafiador.
No ano que passou, houve uma queda de 23% no total em relação a 2021 de acordo com a consultoria Nielsen IQ Ebit. Mesmo assim, 45% dos lojistas se mostraram satisfeitos e apontaram que as vendas ficaram dentro do esperado. No entanto, como o e-commerce é uma condição já consolidada do mercado, há expectativa de considerável crescimento para os próximos anos. A pesquisa divulgada pelo “NuvemCommerce 2023: relatório anual e tendências do e-commerce” mostra que espera-se crescimento de 20% por ano até 2025.
Para o ano de 2023, espera-se a retomada do fôlego que impulsionou o e-commerce no começo da pandemia, se consolidando ainda mais no cotidiano do consumidor, através de dispositivos móveis como smartphones e tablets, por exemplo. Os meios de pagamento também devem ser mais adaptados, incorporando para além das tecnologias tradicionais como o cartão de crédito, o PIX, por exemplo, meio de pagamento já usual por grande parte da população. A Inteligência Artificial (IA) também deve ser explorada e aprimorada para facilitar o trajeto de compra do consumidor.
Guilherme Tavares, CEO da Effect E-Commerce, empresa especializada na aceleração de e-commerces e Business Intelligence, aponta que não só para 2023, mas como para 2024 e anos subsequentes, a projeção é de crescimento do comércio eletrônico Brasileiroio. “O varejo online continua com tendência de crescimento, mesmo após a flexibilização das restrições devido à pandemia e a retomada gradual do comércio físico”, afirma o CEO.
Guilherme também aponta que algumas consolidações são esperadas para o ano atual, tais como: integração de diferentes canais de venda e comunicação com o intuito de tornar a jornada de compra mais personalizada e checkout sem login como forma de otimizar a experiência de compra dos clientes.
Além disso, uma forte tendência no varejo são os meios de pagamento instantâneos, como o PIX. O CEO da Effect E-Commerce diz que empresas internacionais, como Shopee, impactam nos hábitos de consumo do brasileiro e isso também ajuda a consolidar o comércio online.
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