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Mulheres ainda são minoria na área da tecnologia

Mulheres ainda são minoria na área da tecnologia
Mulheres ainda são minoria na área da tecnologia

Em alusão ao Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, Beatriz Portela, vencedora do Prêmio Mulher de Negócios 2024 promovido pelo Sebrae, fala sobre as dificuldades das mulheres no setor de tecnologia

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No dia 19 de novembro é comemorado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, destacando a luta diária travada por uma série de mulheres que se reinventam no mercado de trabalho, mas que continuam a encontrar grandes desafios. A área da tecnologia, por exemplo, tem um papel fundamental para o desenvolvimento de empresas, principalmente no gerenciamento e na proteção de dados. Mesmo com a crescente expansão desse setor, o público feminino em atuação profissional ainda é baixo.

De acordo com a pesquisa Woman in Technology, noticiada pelo site da Exame, menos de 20% dos cargos da área de tecnologia da informação (TI), no Brasil, são ocupados por mulheres. Segundo a especialista em marketing de geolocalização e IA para negócios, Beatriz Portela, apesar do número de vagas crescer, a dificuldade de encontrar um equilíbrio é grande.

“Apesar dos avanços, a presença feminina ainda enfrenta desafios estruturais e culturais. As mulheres ainda são sub-representadas em cargos de liderança e em áreas técnicas, o que reflete a necessidade de uma transformação mais profunda no setor”, diz.

Beatriz Portela recebeu o prêmio de primeiro lugar no Prêmio Mulher de Negócios 2024 no Distrito Federal (DF), promovido pelo Sebrae. “Esse reconhecimento é um símbolo de encorajamento para outras mulheres que, como eu, desejam transformar o mundo dos negócios com suas ideias e competências. Representar as mulheres em um segmento ainda predominantemente masculino reforça minha responsabilidade e motivação para continuar trabalhando por mais inclusão e diversidade no setor”, comemora.

Mesmo quando conseguem ocupar as vagas da área, Portela afirma que o fato de serem mulheres também se torna um empecilho, até mesmo para a empresa contratante. “Muitos investidores ainda hesitam em financiar empreendimentos liderados por mulheres, e a falta de representatividade em posições de liderança no setor de tecnologia limita as oportunidades de mentoria e apoio”, conta.

O posicionamento da área de Recursos Humanos (RH) também é essencial para mudar essa realidade. “Há também a necessidade de políticas de incentivo que promovam um ambiente mais inclusivo e igualitário, onde mulheres possam crescer sem enfrentar obstáculos adicionais por seu gênero”, afirma Beatriz.

Aliás, mulheres têm se dedicado tanto a crescer dentro de empresas de tecnologia e, por muitas vezes, essa vontade custa algumas horas a mais de trabalho. Uma pesquisa feita pela Acronis e divulgada pelo portal Olhar Digital, mostrou que 71% das mulheres que atuam em TI fazem horas extras com a esperança de ter mais reconhecimento no cargo. 

Empreendedorismo feminino

De acordo com dados da pesquisa Empreendedorismo Feminino 2022, o número de mulheres donas de negócios no Brasil já chegou a mais de 10 milhões,  correspondendo a 34% do número total de empresários no país. 

Para Beatriz Portela, o incentivo de políticas públicas para a área digital pode fazer esse número crescer ainda mais. “Iniciativas públicas podem exercer um papel essencial para fomentar o empreendedorismo feminino em tecnologia, principalmente ao garantir acesso a crédito e financiamento específico para negócios liderados por mulheres, além de criar programas de mentoria e qualificação voltados para esse público”, diz.

Fomentar a entrada de jovens em cursos sobre TI também é uma forma de fazer com que o interesse pela área seja nutrido ainda na adolescência. “Acredito que, quanto mais exemplos de sucesso femininos tivermos no setor de tecnologia, mais meninas e jovens mulheres se sentirão inspiradas a seguir esse caminho. A ampliação do diálogo sobre a importância da diversidade no setor são passos essenciais, para que possamos ver mais mulheres permanecendo e crescendo na área de tecnologia”, finaliza Portela.

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