23/6/2023 –
Tecnologia é o principal tipo de conexão no Brasil, presente em 38 milhões dos domicílios
Três em cada quatro residências na região Sul do país utilizam cabo ou fibra óptica como forma de conexão à internet. Os dados foram revelados pela pesquisa TIC Domicílios 2022, lançada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), que abordou o uso de tecnologias da informação e comunicação nos domicílios brasileiros.
O levantamento é anual e revelou também que o uso da internet apenas pelo telefone celular predomina entre as mulheres (64%), entre pretos (63%) e pardos (67%), e entre aqueles pertencentes às classes D e E (84%). O país atingiu a marca de 149 milhões de usuários de internet, dos quais 142 milhões acessam a rede todos os dias ou quase todos os dias.
“A adesão significativa à fibra óptica nas residências do Sul do país reflete a necessidade de conexões de internet mais rápidas e confiáveis. A fibra óptica oferece altas taxas de transferência de dados, permitindo que os usuários aproveitem melhor recursos como streaming de vídeos e jogos online”, acredita Douglas Fumagalli, Técnico de TI da Vipp Net, provedora de internet de São Mateus do Sul, no Paraná.
Segundo a TIC, a presença de internet nos domicílios brasileiros ficou estável entre 2021 e 2022, alcançando 60 milhões de lares, cerca de 80% do total de domicílios no país. Foi verificada também uma situação de estabilidade na presença de conexão nas residências das áreas urbanas (82%) e rurais (68%) e em todos os estratos sociais analisados: classe A (100% dos domicílios conectados), B (97%), C (87%) e D e E (60%).
Cabo ou fibra óptica segue como o principal tipo de conexão no Brasil, presente em 38 milhões dos domicílios, com predominância na região Sul, onde 72% dos lares adotam essa tecnologia. Já a região Norte tem a maior proporção de domicílios cuja principal conexão é pela rede móvel 3G ou 4G (27%).
Entre os domicílios conectados, 16% compartilham a conexão com o domicílio vizinho. Essa situação é mais comum nas áreas rurais (27%), no Norte (21%) e no Nordeste (22%) do Brasil e nas classes C (16%) e D e E (25%).
“As grandes cidades e áreas metropolitanas são geralmente as primeiras a receberem essa infraestrutura, devido à maior densidade populacional e à demanda concentrada. Assim, a implantação de redes de fibra óptica tem sido mais rápida nessas regiões”, conta Claudio Dieckel, técnico em telecomunicações da Vipp Net.
No caso das residências sem acesso à rede, que somam 36 milhões de pessoas, o preço do serviço foi apontado pelos entrevistados como principal motivo (28%) para a não conexão, seguido pela falta de habilidade (26%) e falta de interesse (16%).
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