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ChatGPT pode agregar na consultoria tributária

São Paulo 28/6/2023 –

A Inteligência Artificial tem tomado um papel relevante no campo de consultoria contábil, mas até que ponto o usuário pode confiar na ferramenta sem precisar da ajuda profissional?

Pessoas que sentem dificuldades com atividades da área tributária, estão cada vez mais adeptas das soluções oferecidas pela Inteligência Artificial (IA), como o ChatGPT, devido à rapidez e à suposta qualidade de informações oferecidas por estas plataformas. Embora seja uma tecnologia que apresente uma gama de possibilidades positivas, melhorando a eficiência dos processos, especialistas tributários defendem que a análise crítica de um profissional da área ainda é indispensável, uma vez que este serviço pode evitar futuras dores de cabeça aos contribuintes do Fisco.

De acordo com o relatório publicado em abril deste ano pelo Semrush, uma plataforma especializada em monitoramento de presença online, o site do ChatGPT já registrou, em janeiro deste ano, aproximadamente 863 milhões de acessos em todo o mundo. Isso representa um aumento de 42.119,2% em comparação com o mesmo período de 2022 e o Brasil aparece na quinta posição entre os países de maior interesse. Os dados mostram que o ChatGPT é um avanço da IA e está mudando a rotina das pessoas, seja na vida particular ou no trabalho, pois esta ferramenta aprendeu a conversar de uma forma mais próxima a de um humano.

Porém, quando se pensa nos desafios do setor tributário, é preciso estar atento aos resultados dos resultados trazidos pelo robô. Há pouco tempo, o presidente e co-fundador da OpenAI, criadora do ChatGPT, Greg Brockman, resolveu fazer alguns testes na live de apresentação da ferramenta. Dentre as experiências, Brockman utilizou a tecnologia como um ‘consultor fiscal’. Na ocasião, foi solicitado que o chatbot avaliasse um código tributário de 16 páginas para ajudar o representante a solucionar dúvidas relativas ao assunto, o que foi concluído com sucesso. Contudo, mesmo com boa parte das questões respondidas, Brockman fez um alerta aos usuários, dizendo que a ferramenta não é ‘um profissional certificado’ e ressaltou a importância de procurar um consultor fiscal para tirar dúvidas mais ‘densas’ nestes casos.

Para Giuliano Gioia, advogado especialista em direito tributário e diretor de conteúdo da Sovos, os usuários devem prestar atenção às limitações da ferramenta, mesmo diante de inúmeras facilidades. “O ChatGPT é uma ferramenta de apoio bastante importante e que nos ajuda a fazer consultas de conceitos gerais, os quais não necessitam de atualização. No âmbito legal, podemos usar como exemplo os princípios do direito tributário, as regras constitucionais e as normas gerais de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), entre outros”, explica o especialista.

Porém, o executivo ressalta que para informações mais aprofundadas, o ChatGPT pode apresentar dados equivocados e atrapalhar na tomada de decisão se a consulta não envolver uma visão especialista. “Um exemplo disso foi perguntar ao ChatGPT se a água possui substituição tributária no estado de Santa Catarina. A ferramenta responde com base na legislação federal, ignorando a estadual. E, dessa forma, apresenta dados equivocados, de um convênio já revogado no estado. Sendo assim, é possível concluir que enquanto os pormenores são detalhados em uma determinada operação, as respostas emitidas pela ferramenta ainda são genéricas”, analisa o profissional.

Apesar da ferramenta ainda trazer algumas falhas, por outro lado, ela não está completamente dispensada. Isso é o que defende o diretor de tecnologia da Sovos, Fabiano Pereira. “É totalmente possível encontrar um norte a partir de pesquisas destes conceitos gerais no ChatGPT. Contudo, é importante entender que as legislações brasileiras, em níveis federal, estadual e municipal, não necessariamente se comunicam e, por esse motivo, é humanamente impossível entender e cruzar as informações em um curto espaço de tempo. Por isso, a utilização da tecnologia se torna importante na função de apoio”, esclarece.

Para Pereira, o objetivo de cada uma das etapas necessárias para essa validação contábil é maximizar a produtividade e minimizar o erro. “A partir dessa prática, é possível permitir lançar mão de recursos de automação baseados em Inteligência Artificial para chegar a resultados mais precisos, porém com a fundamental participação de um especialista nas avaliações finais. Desse modo, o caminho mais indicado é usar o potencial da ferramenta para processar grandes volumes de informação. Mas, para o indesejado prejuízo financeiro, o olhar humano ainda é essencial”, finalizou.

Website: http://sovos.com.br

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DINO Agência de Notícias Corporativas

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