Campinas/SP 7/6/2024 –
Em meio à crescente preocupação com a segurança hídrica e a qualidade do abastecimento de água, entender as diferenças entre manutenção preditiva e preventiva em poços artesianos é fundamental.
A manutenção de poços artesianos é essencial para garantir a eficiência e a longevidade dessas estruturas de abastecimento de água. Existem duas abordagens principais para essa manutenção: a preventiva e a preditiva.
A quebra da bomba de um poço artesiano em Brodowski/SP afetou o abastecimento de água para cerca de 8 mil moradores em 2017. Esse incidente serve como um lembrete da importância da manutenção para poços e reservatórios, pontua Afonso Smiderle, Diretor da AVS Poços Artesianos.
Ele traz outra informação: todos os anos, a empresa responde a chamados para consertos que poderiam ter sido evitados com a implementação de manutenções preventivas. Eles muitas vezes resultam na falta de água em diversas comunidades que dependem do abastecimento.
Esse problema ainda é mais complexo quando é feita uma análise do número de poços tubulares profundos no Brasil. Segundo o Manual de Operação e Manutenção de Poços, elaborado pela USP/ESALQ, existem cerca de 5000 ativos, responsáveis pelo subsídio para comunidades distribuídas por todo o país.
O manual destaca ainda que importantes centros urbanos, como Maceió, Teresina, Natal, Ribeirão Preto e São Luiz, dependem exclusivamente de água subterrânea para seu abastecimento. Além disso, muitas outras cidades e polos agro-industriais contam com sistemas híbridos, onde o recurso extraído dos aquíferos é utilizado como fonte complementar. Ao ser perguntado sobre o que é a manutenção preditiva, Afonso diz que: “é um procedimento baseado em dados coletados durante a construção”.
“Em uma explicação mais técnica, isso inclui a verificação do perfil geológico para identificar riscos e tomar medidas apropriadas, a escolha adequada dos diâmetros de perfuração, bem como o uso de tubos lisos para garantir o fluxo eficiente de água e minimizar o acúmulo de sedimentos”.
Ele também complementa que a instalação de filtros e pré-filtros adequados para remover impurezas e proteger o sistema de bombeamento são boas escolhas de equipamentos para garantir o fornecimento eficiente e seguro de água.
Já a manutenção preventiva, segundo o diretor, procura, por meio de análises físico-químicas e bacteriológicas regulares, monitorar a qualidade dos recursos hídricos e identificar problemas precocemente.
“A manutenção preditiva e preventiva são um investimento fundamental para garantir a segurança das comunidades. Ao monitorar a saúde dos sistemas de abastecimento e agir para evitar problemas, é possível garantir o acesso contínuo a água potável de qualidade para todos, mesmo em períodos de estiagem”, completa Afonso.
Para quem possui um poço artesiano residencial ou em um empreendimento, o risco financeiro torna-se um potencial problema. A falta de manutenção preditiva levará à corretiva, mais cara e mais complexa. Muitas vezes, os estragos terminam na condenação total, como abordado no texto publicado no blog da AVS Poços Artesianos.
“Apesar de muitos proprietários de poços artesianos não realizarem a manutenção preventiva anual no poço, ela é a forma mais eficaz de prevenir paradas inesperadas e problemas mais graves”, completa Henrique, responsável pelos reparos técnicos realizados pela empresa. Ele ainda ilustra a importância das manutenções preditivas com um exemplo prático do cotidiano:
“Assim como os veículos, onde revisões regulares são recomendadas pelos fabricantes a cada 6 meses ou em intervalos específicos de quilometragem para evitar problemas, o mesmo princípio se aplica aos poços artesianos. É essencial realizar uma revisão anual para evitar complicações mais sérias”.
Entre os problemas mais frequentes encontrados nessas estruturas, ele cita a produção de areia, deterioração dos equipamentos de bombeamento e avarias nos sistemas elétricos, preocupações recorrentes que requerem cuidados para garantir o funcionamento adequado e a longevidade do poço.
Também há a obstrução dos canos por sedimentos ou incrustações minerais, vazamentos nos revestimentos que podem causar desperdício e contaminantes externos que se infiltram e comprometem a potabilidade da água.
Sobre esse tema, o Manual de Operação e Manutenção de Poços retrata que a presença de agentes microbiológicos, como bactérias, vírus e parasitas, pode representar sérios riscos à saúde pública.
Além disso, existe o risco de contaminação por produtos químicos provenientes de atividades agrícolas, industriais e residenciais, como pesticidas, fertilizantes, metais pesados e produtos farmacêuticos.
A elevada concentração de minerais, como ferro, manganês e flúor, também pode afetar a qualidade da água, resultando em sabor desagradável, odor forte e até mesmo impactos na saúde humana a longo prazo.
“A manutenção preditiva é o caminho ideal e mais econômico para identificar e reduzir esses problemas, garantindo a qualidade e a segurança da água fornecida”, finaliza Afonso Smiderle, Diretor da AVS Poços Artesianos. Para mais informações sobre o tema, basta acessar @avs_pocos no Instagram.
Website: https://www.instagram.com/avs_pocos/
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