São Paulo 14/5/2024 –
A energia solar é uma fonte limpa e não emite gases do efeito estufa, contribuindo com a descarbonização.
Com a implementação da Lei 14.300/2022 o setor de geração distribuída (GD) experimentou um crescimento respeitável. Atualmente, o Brasil ultrapassou 2,50 milhões de sistemas de produção própria de energia instalados, a maioria destes, oriundos de fonte solar fotovoltaica.
Esta lei contribuiu para a estabilidade regulatória, atraindo investimentos em tecnologias inovadoras como armazenamento de energia, equipamentos mais eficazes e sistemas de gestão mais eficientes.
“Além disso, a Lei 14.300/2022 incentivou a participação ativa dos consumidores no mercado de energia elétrica, transformando-os em prosumidores, o consumidor que produz a própria energia”, relata Vininha F. Carvalho, economista e editora da Revista Ecotour News & Negócios.
Segundo Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída, em algumas áreas, a infraestrutura existente das distribuidoras não está totalmente preparada para integrar a energia gerada pelos prosumidores. Isso pode resultar em exigências adicionais para atualizações de infraestrutura, reforço de rede ou limitações na quantidade de energia produzida ou mesmo o horário em que pode ser injetado energia na rede.
As altas temperaturas, precipitações reduzidas e ausência de nebulosidade no início deste ano impulsionaram a produção de energia solar no Brasil, que encerrou janeiro com 2.945 megawatts médios, volume 52,4% maior na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.
De acordo com a CCEE, a matriz energética do país conta hoje com 425 empreendimentos solares conectados ao Sistema Interligado Nacional – SIN, que juntos somam uma capacidade instalada de 12.167 megawatts, quase a potência da usina de Itaipu, uma das maiores do planeta.
De acordo com Juliano Gonçalves, engenheiro eletricista e Head da Divisão de Cabos Megger Brazil, o Brasil tem naturalmente uma posição de liderança nessa nova era de industrialização com enfoque em energia limpa. “Ressalto a importância de capturar a visão do cenário mundial atual, destacando a Alemanha como um dos pilares deste mercado”, pontua.
“O agronegócio tem sido um forte impulsionador da energia solar no Brasil, visto que encontrou nesta fonte a solução para superar os desafios no suprimento de energia. A energia solar traz inúmeros benefícios, seja para grandes produtores ou para agricultura familiar”, finaliza Vininha F. Carvalho.
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