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Julho Amarelo reforça a luta contra as hepatites virais

São Paulo-SP 18/7/2024 – É fundamental o diagnóstico definitivo para definir o melhor tratamento e prevenir complicações futuras

A hepatite viral é uma doença do fígado causada por vírus. Se não tratada, pode levar a sérios problemas hepáticos, como cirrose hepática ou câncer.

As hepatites virais são infecções que afetam o fígado. Elas podem ser agudas ou crônicas e se manifestar de maneira leve, moderada ou grave. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são aquelas causadas pelos vírus A, B, C e D. Existe também a do tipo E, mas é rara entre brasileiros, sendo mais facilmente encontrada na Ásia e África.

De acordo com o Relatório Global sobre Hepatites 2024, da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de vidas perdidas devido às hepatites virais está aumentando. Em todo o mundo, elas são responsáveis pela morte de cerca de 3.500 pessoas diariamente. 

Segundo a OMS, mortes prematuras por hepatites virais podem ser evitadas em países de baixa e média renda por meio de vacinação, diagnóstico, medicamentos e campanhas educativas. 

Atenção aos sintomas

Geralmente, as hepatites virais são doenças silenciosas, que só apresentam sintomas quando estão em estágio avançado, sendo comum o paciente relatar: 

– Cansaço;
– Febre;
– Náuseas;
– Vômitos;
– Pele e olhos amarelados;
– Dores abdominais;
– Fezes claras e urina escura.

Importância do diagnóstico e tratamento precoces

Em todo o mundo, segundo dados da OMS, apenas 13% das pessoas que vivem com infecção crônica por hepatite B foram diagnosticadas e aproximadamente 3% receberam terapia antiviral no final de 2022. Em relação à hepatite C, 36% foram diagnosticados e 20% receberam tratamento curativo.

“É fundamental o diagnóstico definitivo para definir o melhor tratamento e prevenir complicações futuras. O diagnóstico é feito com exames laboratoriais simples que indicam se o indivíduo entrou ou não em contato com determinado tipo de vírus”, explica o Dr. Sergio Pessoa, médico gastroenterologista e hepatologista da Clínica Progastro, em Fortaleza (CE), doutor em Biotecnologia da Saúde pela Universidade Estadual do Ceará e presidente da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG).

Em relação ao tratamento para as hepatites virais, eles variam de acordo com as causas e os tipos virais. Normalmente, é recomendado repouso, hidratação, boa alimentação e a suspensão do consumo de bebidas alcoólicas e de alguns medicamentos por, pelo menos, seis meses, para evitar mais danos ao fígado e acelerar o processo de recuperação. 

Como se prevenir

Existem muitas maneiras de reduzir as chances de contrair hepatite:

– Tomar as vacinas para hepatite A e hepatite B, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Quem se vacina para o tipo B também se imuniza contra o tipo D, já que a replicação do vírus desse tipo de hepatite ocorre pela coinfecção do vírus tipo B. Para os demais vírus, não há vacina;
– Usar preservativos nas relações sexuais;
– Não compartilhar agulhas e seringas, caso seja usuário de drogas;
– Ter uma boa higiene pessoal, lavando as mãos após o uso do sanitário, trocar fraldas e antes de preparar os alimentos;
– Não usar itens pessoais de alguém infectado;
– Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;
– Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
– Tomar precauções ao fazer tatuagens ou piercings;
– Tomar as vacinas recomendadas caso viaje para países com saneamento precário.

Qual é a perspectiva para a hepatite?

As hepatites A e E geralmente só causam infecções de curto prazo (agudas) que o organismo combate sem a necessidade de tratamento. Os outros tipos (B, C e D) também podem causar infecções agudas, mas também podem causar infecções crônicas (de longo prazo), que são mais perigosas. 

“As infecções crônicas caracterizam-se pela persistência do vírus e da inflamação hepática por mais de seis meses. Se a hepatite crônica não é tratada de forma correta, ela pode evoluir para cirrose hepática e/ou câncer de fígado”, diz o Dr. Pessoa. 

A hepatite C tem cura em mais de 90% dos casos quando o tratamento é seguido corretamente. As hepatites B e D têm tratamento e podem ser controladas, evitando a evolução para cirrose e câncer.

A hepatite A é uma doença aguda e o tratamento se baseia em dieta e repouso. Geralmente melhora em algumas semanas e a pessoa adquire imunidade, ou seja, não terá uma nova infecção. 

A maioria das pessoas se recupera totalmente de um quadro de hepatite viral, mesmo que possa levar vários meses para o fígado cicatrizar. Para acelerar a recuperação, são recomendadas algumas medidas:

– Evitar o consumo de álcool;
– Ter uma alimentação equilibrada e saudável;
– Fazer repouso; 
– Conversar com o médico sobre o uso de medicamentos, vitaminas e suplementos, para saber quais devem ser evitados ou não. 

Relação entre hepatites virais e câncer

Estima-se que aproximadamente 57% dos casos de cirrose hepática e 78% dos casos de câncer hepático estão relacionados às infecções pelos vírus de hepatites B e C

*Este texto não substitui uma consulta médica. Em caso de dúvidas, consultar um profissional de saúde.

Website: http://www.fbg.org.br

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