Governos e organizações de todo o mundo têm impulsionado políticas de incentivo para práticas sustentáveis. Líderes de empresas bem sucedidas adotam a produção sustentável para reduzir custos e desperdícios, melhorar a eficiência operacional e obter vantagem competitiva.
Uma pesquisa realizada pela consultoria TEC Institute revelou que 75% das empresas no Brasil ainda não possuem certificações de sustentabilidade ou práticas ESG.
O estudo, conduzido em parceria com a MIT Tech Review Brasil, destacou que apenas 22,2% dos funcionários consideram as práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) de suas empresas como muito boas ou excelentes. As principais iniciativas citadas incluem gestão de resíduos (30%), respeito aos direitos humanos (40%) e prevenção à corrupção (31%).
“A transição para um modelo de negócios sustentável não acontece rapidamente, mas envolve a implementação de práticas que gerem impacto positivo em longo prazo”, salienta Vininha F. Carvalho, economista e editora da Revista Ecotour News & Negócios.
O termo governança corporativa surgiu na década de 1970, nos Estados Unidos, como forma de descrever as práticas de gestão adotadas pelas empresas para garantir a transparência, a ética e a responsabilidade social em suas operações. Os principais pilares desse conceito são a transparência, a prestação de contas, a equidade e a responsabilidade corporativa, promovendo uma cultura de integridade e confiança entre os stakeholders da empresa, como acionistas, colaboradores, fornecedores e clientes.
“Quando as práticas responsáveis se alinham com a eficiência operacional, o resultado é um negócio mais lucrativo e resiliente”, diz Rica Mello, ex-consultor estratégico da McKinsey e Bain & Company, especialista em gestão de empresas e fundador do grupo BCBF.
Segundo Vininha F. Carvalho, administradora de empresas, as empresas resilientes são aquelas que conseguem se adaptar e prosperar no longo prazo, atraindo clientes, investidores e talentos. Neste cenário, a sustentabilidade emerge como fator primordial. Profissionais, especialmente os mais jovens, buscam trabalhar em empresas com um propósito claro e impacto positivo.
“Integrar os objetivos de sustentabilidade à estratégia da empresa não só promove um crescimento responsável, como também assegura que a organização esteja preparada para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades de um mercado cada vez mais orientado pelo ESG”, explica Gustavo Loiola, Gerente Executivo de Educação para Liderança no PRME/United Nations Global Compact.
Treinamentos sobre práticas sustentáveis, incentivo à participação em grupos de afinidade e promoção da conscientização sobre questões ambientais e sociais criam um ambiente de trabalho mais engajado e produtivo.
“Um propósito bem definido simplifica a tomada de decisões e posiciona a empresa, que consegue identificar os próximos passos e se comunicar de maneira mais objetiva. A equipe irá fortalecer os valores éticos, práticos, emocionais que irão ser adaptados á cultura organizacional e orientar todas as atividades”, finaliza Vininha F. Carvalho.
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