O setor de construção civil no Brasil vem passando por uma transformação tecnológica que está impulsionando o crescimento de projetos de moradias populares. A modernização dos equipamentos, como máquinas de concretagem e guindastes de alta precisão, tem permitido maior eficiência nos processos construtivos, reduzindo o tempo de entrega das obras e, principalmente, os custos de produção. Esse avanço tecnológico é crucial para atender à demanda por habitações acessíveis, que continua a crescer no país.
De acordo com a Fundação João Pinheiro (FJP) em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o déficit habitacional no Brasil atingiu cerca de 6 milhões de domicílios em 2022, com milhões de brasileiros vivendo em condições inadequadas. O acesso à moradia popular é uma das principais soluções para reduzir esse número, e a construção civil tem um papel fundamental nesse processo.
“Estamos vivendo um momento de transformação na construção civil. A modernização dos equipamentos permite que projetos de moradias populares sejam executados com maior rapidez e eficiência, além de reduzir o desperdício de materiais, o que impacta diretamente no custo final da obra”, afirma Stefan Lindenhayn, diretor executivo da Betomaq.
Dados do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) apontam que o programa Casa Verde e Amarela, destinado à construção de habitações populares, entregou mais de 1,2 milhão de moradias em todo o País entre 2019 e 2022. “Esse avanço foi possível, em parte, graças à adoção de tecnologias que melhoram a logística e a execução das obras. Entre as inovações está o uso de máquinas de concretagem automatizadas, que permitem maior precisão na aplicação do concreto e reduzem o tempo necessário para a conclusão de cada fase da obra” diz Stefan Lindenhayn.
“A utilização de maquinário moderno, como guindastes de precisão, sistemas de compactação avançada, bombas helicoidais para projeção e injeção de argamassas, nivelamento de superfícies e misturadores horizontais e planetários garante não só a eficiência no canteiro de obras, mas também a segurança das estruturas construídas. Isso é essencial para moradias populares, onde o controle de custos precisa ser rigoroso, mas sem comprometer a qualidade”, acrescenta Lindenhayn.
Outro fator relevante é a sustentabilidade dos processos construtivos. A adoção de equipamentos mais modernos também está em linha com as práticas de construção sustentável, que vêm ganhando força no Brasil. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), os edifícios sustentáveis contam com muitos benefícios, como a possibilidade de reduzir cerca de 25% o consumo de água, 15% a 20% o consumo de energia, 20% os custos de manutenção e 34% as emissões de CO2, beneficiando incorporadores, construtores e proprietários dos imóveis.
Com a contínua modernização do setor e o uso crescente de tecnologia, a expectativa é de que projetos de habitações populares ganhem ainda mais fôlego nos próximos anos, ajudando a diminuir o déficit habitacional no país. “A construção civil está em um ponto de virada, e empresas que investem em inovação estão preparadas para liderar esse movimento de transformação, trazendo benefícios tanto para o setor quanto para a sociedade”, conclui Lindenhayn.
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