O Brasil incorporou bem a campanha de vendas norte-americana que acontece logo depois do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, e de uns anos para cá também promove a cyber week – que engloba a Black Friday e a Cyber Monday, dois dos maiores eventos de compra online do ano. De acordo com um relatório da YouGov publicado pela TechTarget, este ano 36% dos americanos planejam fazer compras na Black Friday, e 34% planejam fazer compras na Cyber Monday. Mas muitas empresas, como Amazon, Walmart e Target, começaram as ofertas da Black Friday mais cedo. No Brasil, algumas empresas adotaram o termo Black November a fim de adiantar as vendas. Mas é preciso estarem atentas para não pôr tudo a perder.
O site ReclameAqui, um dos recursos mais utilizados para mediar a relação entre empresas e clientes não satisfeitos, traz uma série de informações para que o consumidor possa realizar suas compras com o mínimo de dissabores possível, apresentando até mesmo um detector de site confiável. A verificação da reputação vigora entre os principais trunfos do consumidor. Propagandas enganosas, atraso nas entregas, produtos não recebidos, dificuldades com estornos de valores pagos e problemas na finalização das compras foram as principais queixas registradas pelos consumidores no site.
A última edição da Black Friday no Brasil não pode ser considerada exatamente um sucesso. Segundo levantamento da Neotrust e ClearSale, divulgado pelo site eCommerce Brasil, o faturamento da Black Friday 2023 ficou em R$ 5,23 bilhões, representando uma queda de 15,1% em comparação com o ano anterior. Em relação ao número de pedidos, a queda representou 17,6%, com 8,21 milhões de pedidos. Apesar disso, o ticket médio subiu 1,7% em comparação com 2022, atingindo R$ 636,66. Um levantamento da Fundação Getúlio Vargas apresentado na mesma matéria destacou um ponto positivo: cresceu o número de consumidores que estavam abertos a comprar na Black Friday, a depender de preços, promoções e condições de pagamento. O percentual foi de 14,4%, em 2022, para 21,7%, em 2023.
Na opinião do consultor Luiz Claudio Ramalho, sócio-fundador da Imagem Consultoria, esse tipo de campanha anual, considerada uma das grandes oportunidades do ano para alavancar as vendas e recuperar o desempenho aquém das expectativas dos anos anteriores, precisa ser planejado em todos os detalhes para não só atingir as metas comerciais, como fortalecer a marca em termos de reputação. “Imagine investir inúmeras horas de planejamento e acabar testemunhando a queda do site, perdas de promoções ou os clientes abandonando seus carrinhos. Essas são apenas algumas das armadilhas que podem transformar o planejamento da Black Friday em um desastre”.
A seguir, Ramalho apresenta os cinco principais erros na hora de preparar uma empresa para os desafios da Black Friday:
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