Falar sobre sexo ainda pode ser um tabu. No Brasil, esse tema causa constrangimento e dificulta o diálogo entre as pessoas, sem contar que é a forma necessária para aprender a autoproteção contra abusos, doenças e gravidez indesejada. Um estudo realizado pela MindMiners ouviu 2 mil pessoas, com mais de 18 anos, de todos os gêneros e classes sociais, entre os respondentes 70% consideravam sexo importante e 59% estavam satisfeitos com a vida sexual que levam; 74% consideram que falar sobre sexo é uma questão de segurança; 53% acreditam que sua saúde mental impacta no desejo sexual e apenas 36% têm o costume de visitar regularmente um médico para cuidar da saúde sexual.
Especialista em Sexualidade Humana, a psicóloga Michelle Sampaio, membro da Sociedade Latino-Americana de Medicina Sexual (SLAMS) e da International Society of Sexual Medicine (ISSM) em seus atendimentos clínicos concentrados em saúde sexual masculina, relatou que na grande maioria, os homens tendem a primeiro fazer a automedicação por vergonha de relatar um problema, só que de um modo geral, eles, são mais preocupados com a performance sexual e procuram ajuda de um especialista em menos tempo que as mulheres.
“A sociedade como um todo ainda enfrenta um grande tabu, mas para os homens existe uma grande ansiedade quando estão de frente com os primeiros sintomas sexuais”, Michelle Sampaio. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) revelou que 52% dos entrevistados admitiram já ter falhado na hora H.
“Os homens aprenderam que eles sempre deveriam ser sexualmente ativos e terem uma ereção. Foram incentivados ao consumo dos filmes adultos e, com isto, criaram uma expectativa sobre a autoimagem e desempenho sexual”, completa a psicóloga que no mês de setembro esteve presente palestrando no Congresso Paulista de Urologia (CPU) e também participou do podcast da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) – UroTalks, com o tema: “Transtorno Dismórfico Corporal na Medicina” explicando sobre outra questão que pode causar problemas sexuais por levar um indivíduo a não aceitar a imagem do seu genital. “O transtorno impacta severamente o estado emocional dos homens que vão se tornar mais vulneráveis, mais ansiosos, colaborando para uma piora na vida sexual”.
Dentro de filmes ou redes sociais, a impressão é que, hoje em dia, falar sobre questões sexuais estão mais tranquilo, mas ainda é um tabu para muitos, procurar ajuda de um médico especialista pode ajudar o indivíduo a ter uma vida com mais bem-estar.
Sobre Michelle Sampaio
Michelle Sampaio tem quase 20 anos de carreira, psicóloga graduada pela PUC de Campinas e pós-graduada em psicologia hospitalar/saúde, especialista em Sexualidade Humana pela Faculdade de Medicina da USP. Desde 2017, faz parte do membro da Sociedade Latino-Americana de Medicina Sexual e da International Society of Sexual Medicine. Também faz parte da Associação Brasileira de Estudos em Medicina e Saúde Sexual (ABEMSS) e é a atual coordenadora do Departamento de Parafilias da ABEMSS (2023/2024).
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