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Diagnóstico rápido é essencial no tratamento de DOT

Diagnóstico rápido é essencial no tratamento de DOT
Diagnóstico rápido é essencial no tratamento de DOT

A Doença Ocular da Tireoide é uma condição pouco conhecida, mas que afeta muito a saúde ocular e a qualidade de vida dos pacientes. Por isso, a campanha “O Olhar diz tudo” da associação Crônicos do Dia a Dia, busca conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce.

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O dia 10 de outubro é o Dia Mundial da Visão em 2024. Essa data foi estabelecida pela Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira (International Agency for the Prevention of Blindness), sempre na segunda quinta-feira de outubro, para conscientização e prevenção a respeito de doenças que afetam a visão. 

Em virtude da campanha, durante o mês de outubro, a Associação Crônicos do Dia a Dia (CDD) promove conteúdos e eventos que buscam informar e mobilizar as pessoas a respeito da Doença Ocular da Tireoide (DOT). Esta é uma condição que pode causar alterações e perda visual, se não for tratada a tempo.

O que é DOT?

A DOT é uma condição autoimune em que o sistema imunológico ataca os tecidos ao redor e atrás dos olhos, causando inflamação. Isso pode fazer com que os olhos e as pálpebras fiquem vermelhos, inchados e desconfortáveis. A doença ainda pode causar alterações na visão e o sintoma mais característico são olhos projetados para a frente (“arregalados” ou “esbugalhados”).

A DOT também é conhecida como Oftalmopatia de Graves. Isso se deve ao fato de que, na maioria das pessoas, a mesma condição autoimune que a gera também afeta a glândula tireoide. Assim, causa hipertireoidismo e resulta em uma doença de nome parecido, a Doença de Graves. 

Estima-se que 25% das pessoas que apresentam a doença de Graves desenvolvem também DOT. No entanto, existe uma parcela minoritária das pessoas com DOT que apresentam hipotireoidismo ou que não apresentam nenhuma disfunção na tireoide.

Tanto no caso do hipo quanto do hipertireoidismo, é importante saber que a DOT é uma doença diferente, com sintomas e tratamentos diferentes. Enquanto as doenças da tireoide são tratadas por um endocrinologista, a DOT é tratada por um oftalmologista especialista em oculoplástica, órbita e vias lacrimais. 

De acordo com a oftalmologista Ivelise Balby, especialista em oculoplástica, órbita e vias lacrimais, o desconhecimento a respeito da condição por médicos não especialistas é um dos principais problemas no tratamento de DOT, pois a demora no diagnóstico pode causar perdas irreversíveis no campo visual. 

Maggie Smith fez tratamento para DOT na década de 80

A atriz inglesa Maggie Smith, falecida no dia 27 de setembro, teve o diagnóstico de DOT em 1988, juntamente com a doença de Graves. Conhecida no Brasil por sua participação na série Downton Abbey e na saga Harry Potter, em uma entrevista ao New York Times em 1990, a atriz falou sobre as dificuldades de atuar com os problemas médicos, especialmente com a proptose (projeção dos olhos) e inchamento ao redor das órbitas: “Foi como uma neblina de desespero (…) Minha aparência era absolutamente assustadora e não sabia o que deveria fazer.” 

Após o término da temporada de teatro, Maggie Smith precisou de cirurgia oftalmológica e radioterapia orbital para tratar a condição

Eventos

Dando seguimento à campanha O Olhar Diz Tudo, que busca a conscientização do público e de profissionais de saúde sobre a DOT, a CDD realiza eventos em três cidades: Salvador (BA), São Paulo (SP) e Recife (PE). O primeiro evento será o da capital pernambucana. O Dia de DOT –  Edição Recife acontecerá em 25 de outubro, no Anfiteatro 1 do Hospital das Clínicas da UFPE (das 8h às 12h). Haverá a exibição do filme “Atrás dos meus olhos” (do Instituto Renascimento) e, depois, uma roda de conversa sobre o filme, com troca de experiências e tira-dúvidas com especialistas. 

Sobre a CDD

A associação Crônicos do Dia a Dia – www.cdd.org.br – é uma organização sem fins lucrativos. Desde 2018, tem como missão apoiar todo o potencial humano para ampliar as perspectivas das pessoas que convivem com condições crônicas de doença.  A partir dos pilares de trabalho de responsabilidade social, qualidade de vida, políticas públicas, pesquisa e informação, desenvolve projetos e campanhas para fortalecer o diagnóstico precoce, conscientizar sobre sintomas, políticas públicas, tratamentos e vivências com os diagnósticos, para impactar na qualidade de vida das pessoas que convivem com as condições, seus amigos e familiares.

 

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