Começou nesta terça, 17, no Expo Center Norte, a 18ª Feira Internacional da Iluminação, a Expolux. O evento, focado em profissionais do setor, chega em um cenário que pede soluções criativas e urgentes, da redução da conta de luz para os consumidores às alternativas para os reservatórios impactados pelo clima seco.
Para se ter uma ideia, desde 2021 a bandeira vermelha na tarifa de energia elétrica não era utilizada, o que é um sinal de baixo armazenamento de água nos reservatórios. De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), os níveis estão em queda em todos os subsistemas. No Sudeste, por exemplo, a previsão para o mês de setembro ficou em 47,4%, enquanto em julho, foi de 63,2% A comparação de período é ainda mais drástica no Sul, 43,9% ante 93,5%.
Além disso, setembro de 2024 começou com apagões em grandes áreas da cidade de São Paulo, a maior do país. Em menos de 10 dias, ocorreram dois eventos que duraram média de 4 horas, sendo que um deles atingiu cerca de 800 imóveis. Outros pontos do país, como Acre e Rondônia, também registraram quedas de energia. O governo já classifica a situação como crítica e estuda a volta do horário de verão, não acionado desde 2019.
Soluções, lançamentos, sustentabilidade e eleições
Em ano eleitoral, com todos esses eventos envolvendo energia, a iluminação pública geralmente faz parte das propostas de mudanças para as cidades. Isso acaba gerando movimento na indústria, que passa a fazer parte do planejamento das próximas gestões.
A Expolux responde a essas e outras necessidades de mercado conectando fabricantes e fornecedores com suas inovações ao varejo, especificadores, prestadores de serviço e instaladores, fazendo com que os produtos e serviços apresentados no pavilhão ganhem o dia a dia de obras e projetos, empresas e residências.
No pavilhão, será possível encontrar, por exemplo, lâmpadas com várias intensidades luminosas no mesmo produto e, consequentemente, diferentes níveis de consumo. Também produtos anti-insetos para casas ou LEDS com sensores de temperaturas para o cultivo de plantas ou jardins com economia de até 70%.
Na parte pública, mais tecnologia: estará em demonstração no evento um módulo que permite o gerenciamento de ativos de iluminação urbana, como vida útil das luminárias, falhas de sistema, parâmetros elétricos em tempo real, além de controle da dimerização em plataforma para projetos que podem ser adaptados ou personalizados.
Em termos de futuro sustentável, ainda será possível conferir modelos criativos e funcionais, como luminárias feitas à base de cogumelos e que são 100% biodegradáveis ou projetos para áreas urbanas que não usam eletricidade, mas, sim, produtos naturais em processo químico como o dos vaga-lumes.
“Conseguimos fazer uma casa sem acabamento, mas não sem iluminação. É um item básico, que está no dia a dia das pessoas, das empresas e governos. E a relação vai muito além de deixar ambientes mais claros. Tem a ver com segurança, bem-estar, meio ambiente e diversos outros aspectos fundamentais para a sociedade”, explica Tatiana Rassini, gerente do evento.
Para participar, basta fazer o credenciamento gratuito no site oficial.
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