Setor de suplementos vive crescimento no Brasil

O consumo de complementos alimentares e suplementos vitamínicos cresceu no Brasil. Entre janeiro e setembro de 2023, houve um aumento de 8,1% em comparação com o mesmo período de 2022. É o que afirma um boletim da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD).

A entidade também constatou que, em 2020, os suplementos já estavam em 59% dos lares brasileiros, com pelo menos uma pessoa da casa consumindo. Trata-se de um aumento de 10% em relação a 2015, quando foi feita a primeira edição do estudo ‒ após 2020, a ABIAD não divulgou novos números sobre a presença desses produtos nas residências.

Alberto Silva é CEO da RPN ‒ Rede de Produtos Naturais, empresa que trabalha com a venda de suplementos, e vê o crescimento do segmento como algo ligado à busca por uma rotina mais saudável.

“Após a pandemia, observamos uma tendência muito forte que foi bastante benéfica. Os médicos começaram a validar o uso de suplementos alimentares para a família brasileira, e isso foi um passo crucial. Avalio essa mudança de forma muito positiva, pois ela reflete uma tendência crescente no Brasil: a busca por um estilo de vida equilibrado”, diz Silva.

Ele cita o dado de que 55% dos brasileiros têm os cuidados com a saúde física como prioridade durante o ano de 2024. O número foi levantado pela agência de pesquisa e análise Quiddity e divulgado pela CNN Brasil.

Silva explica ainda que a nova rotulagem nutricional implementada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023 contribui para uma maior conscientização do que as pessoas comem. Com a mudança, alimentos como os ultraprocessados, por exemplo, vêm com alertas sobre altos teores de gordura saturada, açúcar e sódio na embalagem.

“Os suplementos desempenham um papel fundamental na complementação da dieta, especialmente em um mundo onde a rotina corrida muitas vezes dificulta a manutenção de uma alimentação equilibrada”, avalia o CEO da RPN.

Demanda e oportunidades empresariais

Segundo Silva, os números também podem ser interpretados como consequência da maior confiança dos consumidores em relação aos produtos disponíveis no mercado. “Como resultado, vemos o mercado de produtos naturais e suplementos crescer, atendendo a essa demanda por soluções que ajudem a manter o bem-estar no dia a dia”, acrescenta.

Nessa linha, Silva vê o cenário atual como favorável ao crescimento de empresas que atuam nesse segmento. Independentemente do tamanho do negócio, o CEO destaca a necessidade de atuar de maneira séria e em conformidade com os padrões regulatórios da Anvisa.

“A prioridade deve ser garantir a eficácia de cada produto oferecido. Por isso, é essencial trabalhar lado a lado com laboratórios, especialistas, cientistas e farmacêuticos para desenvolver fórmulas que realmente funcionem”, ressalta.

Compartilhe
0
0
DINO

Recent Posts

Tecnologia antiga resiste e se mantém essencial em empresas

Utilizado em campanhas de marketing, notificações e segurança, o SMS oferece um canal de comunicação…

22 horas ago

Dubai Future Foundation publica relatório especial “Global 50” sobre a juventude antes da Cúpula da ONU

Elaborado com contribuições de especialistas internacionais e de especialistas estabelecidos dos Emirados Árabes Unidos, o…

22 horas ago

Além do salário: a desigualdade de gênero persiste

Ambiente de trabalho saudável, flexibilidade e oportunidades de desenvolvimento igualitárias são fatores importantes para a…

22 horas ago

Linea Alimentos lança wafer sem adição de açúcares

Biscoito é um alimento que tem penetração de 99,7% dos lares brasileiros. Marca traz versão…

22 horas ago

Famosos “gatos” de energia geram perdas econômicas

Executivo explica que as ligações clandestinas de energia geram um custo que acaba sendo repassado…

22 horas ago