15/7/2024 –
Pesquisa global, encomendada por empresa de serviços de Recursos Humanos, indica carência de profissionais qualificados no setor, após mudanças provocadas pelo avanço tecnológico e consequente aumento da demanda por carros elétricos e autônomos
O relatório “Tendências globais de RH Indústria automotiva (Edição 2024)” apontou que as equipes internacionais podem ser a resposta aos desafios de competências, habilidades e mão de obra enfrentados pelas empresas do setor automotivo. Segundo a pesquisa, atrair profissionais internacionais é uma estratégia potencial para as indústrias automotivas que buscam preencher lacunas de competências e habilidades.
Conforme apresentado pelo levantamento, dados da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que a Europa é atualmente o destino mais popular para profissionais internacionais, por receber 30,9% da população migrante global. A Ásia, com 30,5%, é o segundo lugar a receber mais equipes. Já os Estados Unidos recebem 20,9%.
O estudo indicou ainda que as barreiras linguísticas e as dificuldades de comunicação são as maiores preocupações nos processos de mobilidade internacional – apresentada por 42,4% dos entrevistados – e resgatou dados de 2022 sobre a indústria automotiva. Segundo o documento, 58% das empresas do segmento estão fornecendo programas de treinamento, upskilling (termo em inglês para ensino de novas competências) e educação, sendo que 20% oferecem cursos nas dependências da empresa.
Alexandrine Brami, CEO e Co-founder do Lingopass, edtech de solução de idiomas para empresas, lembra que o setor automobilístico passa por uma revolução graças às novas tecnologias, que trazem veículos elétricos, conectividade avançada e direção autônoma. “Para aproveitar ao máximo os benefícios dessas tecnologias, é essencial que os profissionais do setor se mantenham atualizados constantemente”, pontua.
Em relação às vendas globais de veículos elétricos e híbridos plug-in, o portal Inside EVs divulgou dados da AIE que mostram que em 2023 houve um aumento de 35% em relação ao ano anterior, atingindo 14 milhões de novas unidades. A previsão para 2024 é que a venda de carros elétricos ultrapasse 17 milhões de veículos.
No contexto das inovações tecnológicas do segmento, Brami destaca que a formação em línguas desempenha um papel fundamental. “Com a globalização, as empresas do ramo automotivo operam em um cenário internacional onde a comunicação eficaz entre equipes de diferentes países é essencial. Ter conhecimento em outros idiomas facilita a troca de informações, colaboração em projetos de pesquisa e desenvolvimento, bem como negociações comerciais”, lembra.
“Além disso, muitos dos avanços tecnológicos e pesquisas líderes são divulgados em inglês ou outras línguas amplamente utilizadas. Portanto, possuir proficiência em línguas estrangeiras é uma habilidade indispensável para os profissionais que buscam se destacar no setor automobilístico”, ressalta o especialista.
O mesmo estudo destacou ainda que, tanto trabalhadores manuais, quanto engenheiros e designers são funções fortemente impactadas pela tecnologia, no setor automotivo. Os primeiros, com 57,3%, e os engenheiros e designers, com 54,6% de impacto. O relatório foi produzido pela Politecnico di Milano, universidade de tecnologia da Itália, e a empresa de inteligência de dados INTWIG Data Management. Participaram da pesquisa mais de 6,5 mil entrevistados de 11 países, Brasil, Estados Unidos, China, Reino Unido, Alemanha, França, Hungria, Itália, Japão, Espanha e Polônia.
Para saber mais, basta acessar: https://www.lingopass.com.br/setores/automotivo
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