Fechamento do mês do algodão: Brasil lidera exportações mundiais

Com o encerramento do mês do algodão, que comemorou, em 7 de outubro, seu dia mundial, o Brasil tem muito a celebrar. A safra 2023/2024 confirmou a posição do país como principal exportador global da pluma, superando os Estados Unidos (EUA) – meta projetada para o ano de 2030. As exportações acumuladas de janeiro a setembro deste ano somam 2,01 milhões de toneladas, com previsão de atingir 2,85 milhões até o fim do ano. A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) estima que a área plantada para a safra 2024/2025 aumentará em 7,4%, abrangendo 2,14 milhões de hectares, enquanto a produção deve crescer 8%, alcançando quase 4 milhões de toneladas. Mesmo diante de um cenário de preços menos atrativos, especialmente na bolsa de Nova York, a expectativa é de que o Brasil mantenha sua liderança mundial nas exportações.

Segundo dados do relatório de safra da Abrapa do mês de outubro, o Brasil exportou 2,6 milhões de toneladas de algodão no período acumulado de agosto/2024 a setembro/2024, totalizando uma receita de US$ 500,6 milhões e espera-se que o país mantenha esse ritmo, com uma previsão de 2,86 milhões de toneladas exportadas na safra 2024/2025. No entanto, os produtores estão atentos à necessidade de aprimorar suas estratégias para enfrentar a volatilidade dos preços, buscando preservar suas margens de lucro.

Recorde de produção na safra 2023/2024

O encerramento desta safra também trouxe números expressivos em termos de produção. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil produziu um recorde de 3,673 milhões de toneladas de pluma, impulsionado principalmente pelo aumento da área plantada e a substituição de culturas, como o milho segunda safra, pelo algodão. Embora a produtividade tenha sofrido leve queda, o aumento de área compensou o impacto, mantendo a produção em níveis elevados.

Para a safra 2024/2025, o primeiro levantamento da Conab indica uma área plantada de aproximadamente 2 milhões de hectares e produtividade estimada em 1,83 mil toneladas por hectare, o que deverá resultar em uma produção total de 3,665 milhões de toneladas, levemente inferior à safra atual.

O consumo interno, por sua vez, apresentou leve retração. Em 2023, o Brasil consumiu 710 mil toneladas de algodão, e para 2024 a expectativa é de 695 mil toneladas. Já para 2025, o consumo deve se estabilizar em torno de 700 mil toneladas. Com isso, os estoques finais das safras 2023/2024 e 2024/2025 estão previstos para crescer, atingindo 2,29 e 2,40 milhões de toneladas, respectivamente.

Amipa: 25 anos de conquistas para a cotonicultura mineira

Em Minas Gerais, a Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa) completou, em 2024, 25 anos de atuação. “A Amipa tem como foco integrar os produtores mineiros em projetos de desenvolvimento e promover o uso das melhores tecnologias produtivas disponíveis. Além disso, temos um compromisso com a sustentabilidade e com o apoio à agricultura familiar no Norte de Minas”, afirma Lício Augusto Pena de Sairre, diretor-executivo da entidade.

Entre as iniciativas, a Amipa lidera projetos de monitoramento de pragas, com foco no combate ao bicudo-do-algodoeiro, principal praga da cultura, além de fomentar práticas socioambientais e certificações. A associação também possui unidades estratégicas, como a Central de Classificação de Fibra de Algodão (Minas Cotton), e uma Fábrica de Produtos Biológicos (Biofábrica), que fortalecem a produção de algodão em Minas Gerais ao viabilizarem a classificação e análise técnica da fibra produzida e o controle biológico de pragas nas lavouras algodoeiras

Apesar de Minas Gerais ser o maior produtor da região Sudeste e de ter uma participação menor na produção nacional, quando comparado a estados como Mato Grosso e Bahia, que, juntos, concentram mais de 90% da área plantada, o avanço do algodão mineiro se deve à busca por uma maior rentabilidade em relação aos grãos, conforme apontado por Lício. “Com os preços dos grãos menos atrativos, o algodão se destaca como uma alternativa mais lucrativa, especialmente porque o produtor sabe que há mercado garantido para a pluma”, destaca o diretor-executivo.

 

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