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Educação financeira para crianças pode representar um futuro mais seguro

Educação financeira para crianças pode representar um futuro mais seguro
Educação financeira para crianças pode representar um futuro mais seguro

No Brasil, onde o endividamento familiar é um desafio, educar os filhos sobre o valor do dinheiro é essencial

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O Dia das Crianças, celebrado em 12 de outubro, vai além dos presentes e brincadeiras. É também uma oportunidade de reflexão sobre o futuro dos filhos e a formação de habilidades essenciais para a vida adulta. Nesse contexto, a educação financeira se destaca como um pilar importante, capaz de proporcionar aos pequenos um entendimento sobre o valor do dinheiro, segundo especialistas.

Entre os motivos que justificam a urgência em relação à discussão sobre o tema está o percentual de famílias com dívidas em atraso por mais de 90 dias no Brasil, que teve alta de 50,3% em setembro deste ano ante mês anterior. Trata-se do maior percentual desde fevereiro de 2018, conforme dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). 

Diante disso, a diretora-superintendente da Unicred Central Multirregional, Carolina Ramos, reforça que a introdução de conceitos financeiros na infância é essencial. “Os pais devem estimular seus filhos a desenvolverem hábitos financeiros saudáveis, como economizar, planejar compras e evitar gastos impulsivos. Essa relação equilibrada sobre o uso do dinheiro precisa começar na infância”, afirma.

Segundo a diretora, o conceito de poupança, por exemplo, pode ser colocado em prática ao presentear os pequenos com um cofrinho, onde eles poderão guardar as suas economias. “Ao ensinar a garotada a evitar gastos desnecessários, poupar dinheiro e a economizar, a chance desses filhos se tornarem endividados é menor.  Dessa forma, teremos uma geração com mais consciência em relação ao uso do dinheiro no futuro, sem compras compulsivas feitas com o cartão de crédito e uso desnecessário de cheque especial.”

Carolina diz, ainda, que para que as crianças compreendam melhor o processo, a prática é o ideal. “Em lojas e supermercados, em meio a tantas opções de consumo, os pais ou responsáveis podem ajudar a garotada a entender a diferença entre itens necessários, como comida, calçados e roupas, das coisas que fazem parte da lista dos desejos, como brinquedos, doces, joguinhos, entre outros.” 

A mesada é outro recurso para ensinar os pequenos sobre responsabilidade financeira. “Dar às crianças um valor fixo para ser gerenciado, permite que elas façam escolhas e aprendam a planejar seus gastos. Afinal, quem nunca gastou toda a mesada no primeiro dia e depois teve que esperar até o próximo mês? Isso cria um aprendizado valioso sobre economia e planejamento”, ressalta a diretora.

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