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Avanço da liderança feminina em empresas diminui, diz estudo

Levantamento feito pelo Estadão compara o aumento da ocupação de mulheres em cargos de liderança nas empresas do Ibovespa, entre 2022 e 2024, e revela uma desaceleração no avanço para a equidade de gênero nestes ambientes

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29/7/2024 –

Levantamento feito pelo Estadão compara o aumento da ocupação de mulheres em cargos de liderança nas empresas do Ibovespa, entre 2022 e 2024, e revela uma desaceleração no avanço para a equidade de gênero nestes ambientes

A presença feminina na alta liderança de grandes empresas do Brasil cresceu 1,3% nas diretorias e 3,5% nos conselhos de administração, nos últimos 12 meses, até junho deste ano. Os números, apontados pelo levantamento feito pelo Estadão pelo terceiro ano consecutivo, são bastante inferiores se comparados aos 14,5% de aumento nas diretorias e 22,0% nos conselhos, entre maio de 2022 e maio de 2023.

A pesquisa avalia companhias que integram o Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira. É a primeira iniciativa do país, em que é possível conhecer a situação dos altos cargos em relação a equidade de gênero, por empresa. São 82 organizações que movimentam o maior volume de recursos no mercado acionário. O levantamento deste ano revelou que o número de mulheres nos cargos mais altos das grandes empresas brasileiras caiu nos últimos 12 meses. 

Os dados do estudo apontam que quatro mulheres ocupam o cargo de CEO e três lideram conselhos de administração de companhias do Ibovespa. Juntas, as sete mulheres líderes chegam a 4,3% do total. Em maio de 2023, eram três CEOs e cinco presidentes de conselho – oito mulheres, ou 4,9%. As mulheres ocupam atualmente 20,7% das cadeiras de conselho e 16% das diretorias das companhias do Ibovespa. Em 2023, eram 20% e 15,8%, respectivamente. 

Para Cristina Boner, empresária e profissional da área de tecnologia, a desaceleração na inclusão de mulheres em posições de liderança em grandes empresas é preocupante. “É um sinal amarelo de que ainda há muito trabalho a ser feito. O ritmo mais lento sugere que barreiras estruturais e culturais persistem”, pontua.

A empresária sugere que medidas já implementadas sejam intensificadas para recuperar o crescimento. “As empresas precisam redobrar seus esforços para criar ambientes que promovam a igualdade de oportunidades e removam obstáculos para o avanço das mulheres para os níveis mais altos de gestão”, ressalta.

Diversidade de gênero na liderança das empresas

De acordo com a 20ª edição do estudo Women in Business: Pathways to Parity (Mulheres no Mundo Corporativo: Caminhos para a Paridade, em português), o Brasil retrocedeu 2% na porcentagem de mulheres em cargos de liderança e ocupa o 11º lugar no ranking global. No país, 37% dos cargos de liderança sênior nas empresas são ocupados por mulheres. 

O relatório também apontou que as empresas com uma estratégia de DE&I (diversidade, equidade e inclusão) têm mais mulheres em cargos de alta gerência (38%) e as empresas que acompanham o impacto de DE&I tiveram uma porcentagem significativamente maior de mulheres em cargos de alta liderança do que empresas que não mensuram seus esforços de DE&I.

Boner reforça a necessidade do compromisso com o acompanhamento das políticas de DE&I. “Diversas iniciativas e programas foram implementados para promover a diversidade de gênero nas empresas. No entanto, os dados recentes sugerem que essas iniciativas devem ser continuamente avaliadas para garantir sua eficácia”, enfatiza. 

“Programas de mentoria, políticas de recrutamento inclusivas, e treinamento em liderança para mulheres são algumas das medidas já tomadas pelas organizações, mas devem adotar abordagens mais integradas e consistentes, que vão além de ações isoladas, para fomentar uma cultura corporativa genuinamente inclusiva”, conclui a empresária. 

Para mais informações, basta acessar:  Cristina Boner | LinkedIn

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DINO Agência de Notícias Corporativas

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