Síndrome de Burnout aumenta 136% em cinco anos no Brasil

A Síndrome do Esgotamento Profissional, ou Síndrome de Burnout como passou a ser conhecida, é um distúrbio emocional que se caracteriza pelo estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.

Segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), divulgados pela BBC Brasil, o número de pessoas afastadas do trabalho por burnout aumentou 136% nos últimos anos, passando de 178 casos em 2019 para 421 em 2023.

Para o advogado especialista em direito previdenciário Dr. André Beschizza, devido à doença ser relacionada diretamente ao trabalho, profissionais que sofrem da síndrome podem ter direito ao afastamento por licença médica, estabilidade e, em casos mais graves, à aposentadoria por invalidez. “Isso significa que, se o trabalho está te deixando doente a ponto de não conseguir executar suas funções, o INSS pode ajudar pagando um benefício enquanto você se recupera”, comenta.

Outra pesquisa realizada pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), e publicada no Jornal da USP, aponta que aproximadamente 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome de burnout. Em 2022, a síndrome foi reconhecida e classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença ocupacional. Atualmente, o Brasil é o segundo país com mais casos diagnosticados no mundo.

“Não se trata apenas de se sentir cansado, como acontece após um dia de trabalho pesado. O Burnout é muito mais sério e requer atenção especial. Os sintomas incluem falta de energia, desânimo, irritabilidade, dificuldade de concentração, alterações de sono, entre outros”, explica o advogado.

Beschizza orienta ainda que o trabalhador procure atendimento médico após qualquer sintoma da síndrome, a fim de que o profissional de saúde possa identificar a doença. “Com esse laudo em mãos, o empregado pode agendar uma perícia no INSS. Se o perito constatar que o trabalhador não pode mais exercer suas funções por causa da doença, o benefício é concedido.”

O especialista afirma que, em casos mais graves onde o profissional fica incapacitado de voltar ao trabalho, pode ser concedida a aposentador por invalidez. “É importante lembrar que o laudo médico é a peça-chave para receber o benefício. No entanto, o trabalhador pode ser encaminhado para um programa de reabilitação profissional, que ajuda a pessoa a se adaptar e, em alguns casos, voltar a trabalhar em outro tipo de função que seja mais adequada para sua condição de saúde”.

Para saber mais, basta acessar: https://andrebeschizza.com.br/sindrome-de-burnout-inss-tenho-direito-de-me-afastar/

Compartilhe
0
0
DINO

Recent Posts

Abertura da 3ª Conferência de Desenvolvimento do Turismo de Hunan em Hengyang, Hunan

HENGYANG, China, Sept. 21, 2024 (GLOBE NEWSWIRE) -- A 3ª Conferência de Desenvolvimento do Turismo…

6 horas ago

Fato Relevante – Vitória Leilão Sanepar (PR)

São Paulo, 20 de setembro de 2024 – a Aegea Saneamento e Participações S.A. anuncia…

1 dia ago

Manpower abre mais de 200 vagas de emprego em Itapevi-SP

Manpower em parceria com empresa do segmento de chocolates finos, está com mais de 200…

1 dia ago

Novo malware para Android clona cartão de pagamento por aproximação

NGate, o novo malware descoberto pela ESET, consegue copiar dados NFC de cartões das vítimas…

1 dia ago

ABB lança ferramenta digital para moinhos de minério

Trendex™, nova aplicação em nuvem da ABB, facilita identificação e correção de falhas no processo…

1 dia ago

Primavera proporciona um colorido diferente na paisagem

A palavra primavera deriva do latim, primo vere, que significa primeiro verão.

1 dia ago