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ABTCP 2024 alinha seu programa ao setor de árvores cultivadas

ABTCP 2024 alinha seu programa ao setor de árvores cultivadas
ABTCP 2024 alinha seu programa ao setor de árvores cultivadas

Ponto de encontro dos elos que formam a cadeia produtiva da indústria de base florestal, evento contempla temas amplos e essenciais à competitividade atual e futura

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Estão abertas as inscrições para o ABTCP 2024 — 56.º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel, evento em formato presencial que será realizado entre os dias 1 e 3 de outubro, no Expo Transamérica, em São Paulo (SP). O encontro, que reúne todos os elos da cadeia produtiva da indústria de base florestal, desponta como uma oportunidade de atualização, não só para pesquisadores e profissionais que já atuam no setor como para estudantes de áreas diversas.

A transformação digital dos processos produtivos e seu respectivo potencial para promover ganhos em circularidade e demais ações inovadoras da agenda ESG (Environmental, Social and Governance) irão pautar a programação central do ABTCP 2024. Promotora do evento, a Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP) está  comprometida com a elaboração de um programa relevante, que atenda às demandas do setor. “Estamos trabalhando para que o Congresso ABTCP 2024 seja o maior até hoje, tanto em quantidade como em qualidade dos trabalhos técnicos aprovados”, afirma Ari Medeiros, diretor de Operações Industriais da Veracel, eleito presidente do Congresso ABTCP 2024. “Nossa programação inclui sessões técnicas e temáticas diversificadas, envolvendo os congressistas em torno das áreas de Celulose, Papel, Meio Ambiente, Engenharia e Transformação Digital, Recuperação e Energia, Nanotecnologia, Biorrefinaria, Tissue, Manutenção, Segurança do Trabalho, Reciclagem e Florestal, em paralelo à exposição de tecnologias de ponta — tudo pensado para fortalecer a rede de relacionamentos e compartilhar as últimas inovações e melhores práticas da indústria de celulose e papel”, antecipa.

“Ano após ano, a ABTCP dedica-se a montar uma programação técnica robusta, alinhada às necessidades de atualização do setor de árvores cultivadas, especialmente em um contexto de rápidas mudanças da cadeia global de suprimentos e de novas exigências de comprometimento socioambiental”, concorda Paulo Hartung, presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), que tem apresentação confirmada na Sessão de Abertura do evento. “A indústria de árvores cultivadas desempenha um papel vital na economia atual, não apenas pelo seu desempenho, demonstrado pelos anúncios de investimento, mas principalmente pela contribuição no combate às mudanças climáticas, dando assim norte à caminhada rumo a uma nova economia verde”, destaca.

Para definir as atividades e selecionar os trabalhos que irão compor os três dias de evento, a ABTCP contou com a atuação de um Comitê Técnico e um Comitê Científico, formados por 50 membros, conforme detalha Fernando José Borges Gomes, docente do Departamento de Produtos Florestais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFFRJ) e coordenador dos Comitês. “Cada trabalho inscrito foi avaliado por três técnicos da área em que foi submetido. Assim, foi possível construir um forte programa técnico, coerente, e altamente agregador. O público poderá conferir os detalhes dos trabalhos selecionados pelas apresentações orais e pelos pôsteres”, ressalta Gomes. 

Apresentações de keynotes dão enfoque a particularidades do contexto atual

Para deixar o conteúdo do ABTCP 2024 ainda mais relevante ao público, a Associação convidou profissionais de destaque em suas áreas de atuação, os keynotes, para abordar temas atuais que prometem transformações ao setor de árvores cultivadas.

Virginia Londe de Camargos, gerente de Meio Ambiente e Gestão Integrada da Veracel, será keynote da Sessão Técnica de Meio Ambiente, trazendo as ações ESG da Veracel como tema da apresentação. “Na Veracel, montamos uma comissão ASG, com representantes de todas as áreas da empresa, para que as práticas permeiem todas as nossas atividades. Falarei sobre a importância da pauta ASG para maior inserção do setor em oportunidades de créditos, além de reputação e imagem. O assunto tem sido amplamente discutido em várias esferas e mostrado que o setor florestal, pela própria natureza da atividade, está muito bem posicionado”, revela alguns detalhes.

Já o pesquisador Diego Stéfani Teodoro Martinez, do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), fará uma apresentação como keynote da Sessão Técnica de Biorrefinaria. Ele pretende debater a relevância dos estudos relacionados à toxicidade e segurança de novos materiais de celulose que estão sendo produzidos para diferentes aplicações, incluindo não só o setor de papel como o de cosméticos e compósitos e áreas como medicina, agricultura e remediação ambiental. “Para atingirmos esse propósito futuro, temos de estudar, de maneira integrada e proativa, os potenciais impactos desses novos materiais e seus derivados para a saúde humana, animal e ambiental”, esclarece, sinalizando que mostrará exemplos de resultados de pesquisas desenvolvidas no LNNano do CNPEM.

Gianna Sagazio, CEO do SOSA Brasil – The Open Innovation Company, irá conceder uma palestra como keynote da Sessão Técnica de Indústria 5.0, discorrendo sobre as formas de promover a inovação aberta e as respectivas vantagens competitivas que agregam. “O trabalho da SOSA é conectar a necessidade das empresas a tecnologias globais avançadas. A indústria de celulose e papel já tem ciência sobre a importância de recorrer às práticas de inovação aberta para alavancar seus diferenciais competitivos, aliando redução de custos a incrementos de sustentabilidade”, pontua, citando que Suzano, Klabin e CMPC estão entre os clientes da SOSA.

A Sessão Técnica de Recuperação e Energia receberá o keynote Júlio César Tôrres Ribeiro, vice-presidente da Cenibra. Graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e mestre em Tecnologia de Celulose e Papel pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Ribeiro iniciou a carreira como engenheiro trainee na área de Manutenção Mecânica da Cenibra, em 1993. As passagens que consolidaram a trilha profissional do atual vice-presidente da companhia incluem cargos em áreas diversas, como Recuperação e Utilidade, Manutenção e Engenharia, Industrial e Florestal. “A indústria de celulose e papel oferece uma série de oportunidades e possibilidades de caminhos a serem percorridos”, afirma, antecipando o tema que pretende embasar com exemplos práticos.

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