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Além do diploma: empresas focam em habilidade comportamental

Além do diploma: empresas focam em habilidade comportamental
Além do diploma: empresas focam em habilidade comportamental

Segundo estudo, 82% das empresas estão dispostas a investir nas suas equipes; além da qualificação formal, vagas exigem habilidades comportamentais e sociais.

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Não é de hoje que as empresas têm se perguntado se o diploma é realmente o único caminho para estruturar uma equipe de sucesso. Grandes organizações como Google, Delta Air Lines e IBM, são exemplos de companhias que já avaliam informações complementares, e que vão além do desempenho acadêmico, na hora de contratar.  

Esse novo comportamento está relacionado ao cenário de escassez de talentos: 80% dos empregadores brasileiros reportam dificuldade em preencher as vagas que precisam, conforme a Pesquisa de Escassez de Talentos do ManpowerGroup Brasil. Outro levantamento, realizado pela Gallup, mostrou que apenas 11% das lideranças concordam que os graduados do ensino superior têm todas as competências necessárias para trabalhar em suas empresas. 

Ou seja, fica cada vez mais claro que a formação, apesar de muito importante, não é mais o fator definitivo para uma carreira de sucesso. O que será determinante é a aprendizagem ao longo da vida. Não à toa, uma saída para esse problema, de acordo com 82% das empresas entrevistadas pelo ManpowerGroup, foi tomar a frente e investir no desenvolvimento dos colaboradores contratados.   

“Esse investimento deve ser o foco principal das empresas atualmente. É essencial que as organizações invistam em capacitação para os profissionais adquirirem o conhecimento necessário para lidar com as constantes mudanças no mercado de trabalho. Embora os diplomas sejam importantes, quando se trata de aprendizado contínuo, as soft skills podem ser decisivas para o crescimento de uma equipe”, declara Andréa Felgueiras, Gerente de Marketing para atração de talentos no ManpowerGroup Brasil. 

Essas habilidades sociais e comportamentais definem como o profissional lida com o trabalho, com os colegas e consigo. No Brasil, por exemplo, as cinco competências mais procuradas pelas empresas são resiliência e capacidade de adaptação (34%), raciocínio e solução de problemas (34%), tomada de iniciativa (31%), colaboração e trabalho em equipe (31%) e confiabilidade e autodisciplina (31%), ainda conforme a pesquisa do grupo.  

Contratar e promover colaboradores pensando nesses atributos e com base no potencial que pode ser alcançado é benéfico para ambos os lados. Os profissionais têm mais oportunidade de crescimento na carreira, e as empresas conseguem resolver o gap da crescente demanda por talentos, bater suas metas de produtividade, aumentar a competitividade e implementar diversidade no local de trabalho.  

“É fundamental enxergar a pessoa de forma completa, além de suas habilidades técnicas. Isso nos permite entender seus objetivos no médio e longo prazo, avaliar se seus valores estão em sintonia com os da empresa e identificar seu potencial de crescimento, algo fundamental quando falamos em desenvolvimento e retenção de talentos”, comenta Andréa.  

Apesar das soft skills serem atribuições essencialmente pessoais, é possível incentivar a equipe a desenvolvê-las, por meio de mentorias, feedbacks e oferta de cursos para desenvolvimento pessoal e profissional. Com isso, ao longo da trajetória na empresa, o talento pode desenvolver mais habilidades.  

“Ao longo da carreira, embora o apoio da empresa e dos gestores enriqueça a jornada, o desenvolvimento das habilidades comportamentais é uma responsabilidade individual. Esse processo, que deixa uma marca duradoura, prepara o profissional para enfrentar desafios e tomar decisões com confiança. Trata-se de um aspecto essencial para o sucesso no trabalho e exige prática constante”, conclui a gerente.

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