Desde a pandemia da Covid-19, o segmento de saúde intensificou e acelerou a transformação digital pelo mundo. Impulsionado por esse cenário, o mercado de healthtechs tem recebido aportes e investimentos substanciais. De acordo com o relatório do Distrito Healthtech, as startups de saúde receberam US$ 1.4 bilhão em investimentos no mesmo ano. Desde o seu IPO, em 2019, a Afya Limited (Nasdaq: AFYA; B3: A2FY34), hub de educação e soluções para a prática médica do Brasil, tem investido em um modelo de negócio inédito, que apoia o médico em toda a sua jornada de atuação. Ao todo, o grupo adquiriu 11 healthtechs e outras quatro receberam investimentos via estratégia de CVC (Corporate Venture Capital), iniciativa que estimula o empreendedorismo na área de saúde.
A Wellbe, plataforma de gestão de saúde, foi o caso mais recente a receber investimento via o programa de CVC. A startup, que atende hoje mais de 1.200 empresas, planeja investir o capital em tecnologia para aprimorar sua plataforma de inteligência e redução de custo em saúde que integra dados de saúde, monitora o risco de saúde populacional e mensura o retorno sobre o investimento (ROI) das ações de saúde da empresa.
Além da Wellbe, outros dois exemplos no portfólio da Afya são a Lean Saúde e a Caveo. A Lean Saúde é uma startup de tecnologia que foca na melhoria da eficiência dos serviços de saúde, otimizando a utilização de recursos médicos, reduzindo desperdícios e combatendo fraudes. Isso é feito por meio do uso de machine learning, inteligência artificial e predição em suas soluções. Já a Caveo desenvolve soluções contábeis específicas para médicos, facilitando a gestão financeira desse público.
Para Marcos Coelho, Diretor de Fusões e Aquisições e do CVC da Afya, o investimento em healthtechs alavanca o desenvolvimento de tecnologias e impacta positivamente o setor com soluções para melhorar diagnósticos, a experiência do paciente, a otimização de custos e de recursos e, até mesmo, combater fraudes. “Há cinco anos, a Afya tem mapeado e identificado oportunidades de aquisição ou de investimento que tenham sinergia com a nossa operação principal. As aquisições e os investimentos realizados – por meio da nossa estratégia de CVC – nos trouxeram bons aprendizados e experiências positivas frente a esse movimento”, explica.
De acordo com o relatório do Distrito, na América Latina, o Brasil lidera o crescimento das healthtechs e concentra cerca de 62% do volume de operações. Com o uso de inteligência artificial, big data e automação de processos internos, os recursos são mais bem direcionados, o que beneficia prestadores de serviços e pacientes.
“A integração entre medicina e tecnologia está moldando um futuro promissor para o atendimento médico no Brasil. Essa sinergia não apenas acelera a inovação e expande o ecossistema de saúde, mas também traz vantagens significativas: os pacientes desfrutam de serviços mais eficazes e de qualidade, enquanto os médicos têm a oportunidade de focar no que realmente importa: o cuidado com a saúde dos seus pacientes”, conclui.
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