À medida que as mudanças climáticas se intensificam e as preocupações ambientais aumentam, a indústria automotiva global enfrenta a urgente necessidade de transformar suas operações. Segundo o Fórum Econômico Mundial (WEF), o setor é responsável por cerca de 10% das emissões de dióxido de carbono do mundo, produzindo anualmente cerca de 80 milhões de veículos.
Visando atender à crescente demanda por veículos mais limpos, a indústria automobilística vem adotando novas métricas de sustentabilidade e lucrando com isso. Segundo o Statista, em 2024, a receita no mercado de veículos elétricos deve chegar a 786,2 bilhões de dólares globalmente, com previsão de ultrapassar 1 trilhão de dólares até 2029.
O foco vai além da adoção de veículos elétricos. Embora a ênfase inicial tenha sido na redução das emissões de gases de efeito estufa, a indústria está incorporando objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), incluindo o descarte responsável de peças e baterias.
Na vanguarda dessa transformação está a Europa, onde a sustentabilidade se tornou uma prioridade estratégica. Um estudo da Circular Online estima que 35 milhões de reparos de veículos após colisões sejam realizados anualmente em países europeus. Em um caso típico, onde uma porta danificada é substituída por uma nova, isso resulta em um impacto climático de cerca de 200 kg de CO₂ equivalente, totalizando 7 milhões de toneladas de CO₂ equivalentes emitidas por ano.
Para evitar descartes desnecessários e auxiliar motoristas na escolha do melhor reparo, a Eco Repair Score criou uma ferramenta que calcula o impacto ambiental de consertos automotivos. Segundo o site, técnicas de reparo como a Paintless Dent Repair (PDR), conhecida no Brasil como martelinho de ouro, geram um impacto ambiental significativamente menor do que a substituição por peças novas.
No caso de uma porta dianteira danificada, a redução pode chegar a 88% no impacto sobre as mudanças climáticas, de acordo com informações do Expertisebureau Vonck BV. Essa opção de reparo também costuma ser mais econômica, com uma redução de até 30% nos custos.
O mercado está atento a essa estratégia, e profissionais como o brasileiro Douglas Gattelli, com mais de uma década de experiência em martelinho de ouro, encontram oportunidades na Europa. “Eles valorizam muito esse tipo de mão de obra”, conta Douglas, proprietário da Gattelli Martelinho de Ouro, em Caxias do Sul (RS). Nos últimos anos, ele foi contratado por seguradoras na Alemanha, Áustria, França e Suíça para reparar funilarias de carros de marcas como BMW, Mercedes, Audi e Volkswagen. “Há muita procura por esse serviço em locais atingidos por chuvas de granizo, e não há profissionais especializados suficientes para atender à demanda”, afirma.
Segundo Douglas, o martelinho de ouro se destaca por preservar a pintura original do veículo e, consequentemente, seu valor de revenda. “A técnica artesanal permite consertar amassados sem necessidade de troca de peça ou repintura, contribuindo para um menor impacto ambiental”, comenta.
O mercado global de serviços automotivos, que inclui o martelinho de ouro, deve expandir em aproximadamente 351,69 bilhões de dólares entre 2023 e 2027, com a América do Norte respondendo por 31% dessa expansão, conforme reportado pela Technavio.
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