Nove jovens talentos das periferias de São Paulo, com idades de 18 a 20 anos, capturaram a essência e a resistência cultural dos bairros onde vivem. A exposição fotográfica “Periferia, Arte e Fotografia” reúne 27 imagens que revelam as múltiplas facetas de comunidades como Grajaú, Capão Redondo e Heliópolis, celebrando a arte, a vida cotidiana e a força de quem transforma o pouco em muito. Este projeto é uma iniciativa cultural realizada pela Muller Cultural e produzida pelo Instituto Quality, com apoio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), Colégio Vértice, Ministério da Cultura, e Governo Federal.
Exposição: Periferia, Arte e Fotografia
A exposição apresenta 27 imagens produzidas pelos jovens fotógrafos residentes em bairros da periferia de São Paulo. Vindos de contextos socioeconômicos vulneráveis, destacaram aspectos que passam muitas vezes despercebidos. As imagens exploram elementos da vida cotidiana na periferia, como hip hop, capoeira, teatro, circo, dança, música, grafite, saraus e outras manifestações culturais afro-brasileiras.
Os locais fotografados incluem Grajaú, Capão Redondo, Jardim Ângela, Brasilândia, Cidade Tiradentes, Heliópolis, Paraisópolis, Parelheiros e Vila Prudente. Os participantes desta exposição são: Isaac Gabriel Assis dos Santos, Vitor Henrique Nascimento de Godoy, Ana Júlia Rodrigues Moreira Bruno, Cibele Silva de Araújo, Kauã da Silva Maciel, Manuela Drumond Estevam, Jhonatham Jesus de Souza, Amanda Gonçalves Santana, Kimberly Barros da Silva.
Vitor Henrique Nascimento de Godoy, um dos jovens fotógrafos participantes, compartilha sua visão sobre o projeto. “Minha intenção é mostrar que, apesar dos poucos recursos, somos felizes, seja dançando, cantando, brincando, praticando esportes ou celebrando datas comemorativas. Quero quebrar as visões preconceituosas que as pessoas de fora têm sobre a comunidade. Participar deste projeto me fez perceber que cada ser humano carrega arte e cultura dentro de si. Foi muito gratificante tirar essas fotos para mostrar o quanto as vidas das pessoas que moram em comunidades são importantes, porque por trás de cada imagem há uma história e todas elas importam.”
Segundo o jovem, um dos principais desafios foi retratar a desigualdade que existe entre as classes sociais, o que por si só já foi uma barreira. “Capturar imagens dos brinquedos que muitas vezes as crianças não têm foi difícil, pois a sensação de querer algo e não ter é dolorosa. Mesmo assim, elas conseguem se divertir com o que têm e com suas imaginações. Refletir sobre essas questões foi impactante para mim, especialmente devido às experiências que já vivi. Posso afirmar com certeza que na favela existe muita arte e cultura”, completa.
Serviço:
Local: Biblioteca Parque Villa-Lobos
Data: de 04 a 13 de outubro de 2024
Horário: De terça a domingo e feriados, das 9h30 às 18h30
Entrada: Gratuita
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