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Consulta Pública avalia terapia para câncer de ovário no SUS

Consulta Pública avalia terapia para câncer de ovário no SUS
Consulta Pública avalia terapia para câncer de ovário no SUS

Este é o oitavo tipo de tumor mais comum entre as mulheres brasileiras e está entre as principais causas de mortalidade relacionadas ao câncer; Consulta fica aberta até 29 de outubro

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O câncer de ovário é uma doença complexa que apresenta cerca de 7.310 novos casos por ano no Brasil, sendo o oitavo mais incidente e o segundo tumor ginecológico mais comum. Apesar de existirem opções de tratamento aprovadas no Brasil, muitas pacientes ainda enfrentam dificuldades no acesso a essas terapias, especialmente aos tratamentos mais modernos.

Neste contexto, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) abriu recentemente a Consulta Pública nº 68 para discutir a incorporação de niraparibe no SUS, como opção de tratamento de manutenção para pacientes com o câncer de ovário avançado, de alto grau, com mutação nos genes BRCA. Essa é uma oportunidade para que a sociedade civil, pacientes e profissionais de saúde participem de uma decisão que pode transformar o tratamento oncológico e a vida de milhares de pessoas.

Ampliação do acesso às novas terapias é necessária

Segundo o médico oncologista Dr. Fernando Maluf, cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, estudos mostram que até 85% das pacientes com câncer de ovário avançado apresentam recorrência mesmo após obter resposta completa ou parcial com quimioterapia associada à cirurgia, o que justifica a necessidade de ampliar o acesso a novos tratamentos.

“O número de óbitos causados pela doença chega a 4 mil por ano no Brasil. Isso evidencia a necessidade de abordagens terapêuticas inovadoras e seguras que não apenas prolonguem o tempo livre de progressão, mas também reduzam a chance de recorrência, minimizando complicações mais graves e a necessidade de tratamentos adicionais, como cirurgias, quimioterapia e internações”, enfatiza Dr. Maluf.

Ainda de acordo com o oncologista, a ampliação do acesso às novas terapias é vital para assegurar que todas as pacientes, independentemente de sua condição socioeconômica, possam ter acesso aos melhores tratamentos. “A participação e engajamento da sociedade na consulta pública é um passo essencial para fazer com que essas novas opções de tratamento sejam incluídas no sistema público de saúde e garantam mais qualidade de vida para as pacientes”, conclui.

Para contribuir é preciso seguir o passo a passo abaixo

  1. Acessar o site: Entrar no site e clicar no botão à direita da tela para realizar o login.
  2. Navegar até o menu: Após logar, clicar no menu à esquerda e selecionar “Opine Aqui”.
  3. Escolher o formulário adequado: Na página “Opine Aqui”, rolar a tela até encontrar a Consulta Pública nº 684. Existem dois tipos de formulário disponíveis:
    1. Opinião: Para pacientes, familiares, amigos ou cuidadores.
    2. Técnico-científico: Para profissionais de saúde com experiência clínica.
  4. Preencher o formulário: Inserir os dados solicitados e, ao registrar sua opinião, justificar sua resposta. Compartilhe sua experiência com o tratamento de câncer de ovário, se aplicável.
  5. Enviar a contribuição: Após preencher o formulário, clicar em “Enviar Opinião”.
  6. Prazo para Contribuição: A consulta pública está aberta até o dia 29/10 e pode ser acessada por aqui.

A participação na consulta pública é uma forma de exercer o direito como cidadão e influenciar diretamente as políticas públicas de saúde. Toda opinião pode fazer a diferença. As contribuições enviadas serão avaliadas pelo comitê da Conitec, que analisará o relatório gerado e tomará a decisão final sobre a incorporação do medicamento.

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