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Brasileiro conquista vaga na Kansas City Symphony

Brasileiro conquista vaga na Kansas City Symphony
Brasileiro conquista vaga na Kansas City Symphony

Violinista é o único latino-americano na renomada orquestra dos EUA

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O violinista brasileiro Ayrton Pisco, natural de Brasília, foi admitido para o naipe dos violinos da Kansas City Symphony, uma das principais orquestras dos Estados Unidos, composta por 80 músicos e regida pelo maestro alemão Matthias Pintscher. Ayrton passou por um rigoroso processo seletivo que envolveu mais de 200 candidatos de todo o mundo para apenas duas vagas. Ayrton é o único latino-americano atualmente na Kansas City Symphony.

Segundo ele, o processo de admissão é baseado puramente no desempenho musical. “Nos EUA, não tem entrevista ou indicação, é tudo por meio de audição às cegas. Os jurados ficam do outro lado da cortina e o desafio é tocar os trechos mais complexos das músicas da orquestra”, explicou Pisco.

Filho de músicos, Ayrton começou sua trajetória no violino aos 3 anos sob a influência do pai, Ayrton Macedo Pisco, maestro e professor em Brasília. Sua formação acadêmica e artística inclui diplomas pelas universidades de Yale, Southern California (USC) e San Diego State University (SDSU). Além disso, foi bolsista de renomadas orquestras e festivais, como Los Angeles Philharmonic, Tanglewood Music Center e Aspen Music Festival.

Premiado em diversos concursos nacionais e internacionais, Pisco já se apresentou em prestigiadas salas de concerto, como a Carnegie Hall e a Walt Disney Concert Hall, nos EUA, também na Berliner Philharmonie, na Alemanha, na Philharmonie de Paris, na França, na Royal Concertgebouw, na Holanda, e na Suntory Hall, no Japão. Ele colaborou com regentes e músicos de renome, incluindo Zubin Mehta, Gustavo Dudamel e Esa-Pekka Salonen. “Na música clássica, não importa muito quem você é, sua aparência ou que língua você fala. Se você toca bem e é determinado, há espaço”, afirmou.

A trajetória de Ayrton reflete os desafios enfrentados por músicos brasileiros no cenário internacional. Ele acredita que o acesso limitado a recursos no Brasil, em comparação aos EUA e Europa, pode dificultar o desenvolvimento de talentos. “Em países europeus e nos EUA há mais tradição, cultura, professores e bolsas de estudo. Isso faz muita diferença”, disse.

Admitido em agosto deste ano, Ayrton agora se prepara para uma nova fase na carreira, unindo sua bagagem cultural à excelência técnica exigida pela Kansas City Symphony, que este ano realizou sua primeira turnê na Europa, consolidando ainda mais sua posição de destaque no cenário internacional.

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