Um relatório da UNESCO divulgado no Dia Mundial da Água, em 22 de março de 2022, destaca que a água subterrânea é fundamental para a segurança hídrica e para a resiliência de sociedades e economias frente às mudanças climáticas.
A COP 30, que será realizada no Brasil em 2025 e com sede em Belém, reunirá líderes para discutir temas essenciais ligados às mudanças climáticas e à segurança hídrica, questões que afetam diretamente milhões de pessoas ao redor do mundo.
Uma publicação do Mídia Ninja mostra que até 2040 os níveis de água potável no planeta podem reduzir em mais de 40% devido ao aquecimento global, fenômeno que intensifica eventos climáticos extremos como secas prolongadas e inundações, afetando a qualidade e disponibilidade dos recursos hídricos, tornando a escassez cada vez mais severa.
E as comunidades vulneráveis são as que mais sofrem com os padrões climáticos irregulares. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 4,8 milhões de brasileiros não têm acesso diário à água encanada, o que agrava riscos à saúde. Essa situação traz a urgência de soluções inovadoras, especialmente em regiões que já estão sendo afetadas por crises hídricas.
Segundo Martin Santos, no artigo “Autossuficiência hídrica: análise de viabilidade técnico-econômica para desenvolvimento de projetos NET ZERO ÁGUA” da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a autossuficiência hídrica é uma estratégia importante para a sustentabilidade, pois a dependência dos sistemas públicos de distribuição e com a gestão adequada mitiga o impacto das mudanças climáticas, promovendo o uso sustentável da água disponível.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) afirma que as mudanças no padrão de precipitação e aumento da temperatura causam um impacto direto no ciclo hídrico, tornando-o mais imprevisível e afetando os reservatórios da superfície.
Com isso, a água subterrânea torna-se uma alternativa sustentável, uma vez que, caso sejam bem geridos, os aquíferos podem oferecer um abastecimento mais estável, além de serem protegidos da variabilidade climática.
Além disso, estudos realizados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) mostram que há uma urgência no aumento da resiliência entre as comunidades.
O acesso seguro a fontes de água é um fator que promove esse quesito, especialmente em comunidades que são suscetíveis à seca. Famílias e pequenos produtores que possuem seu próprio sistema de água reduzem os impactos e ajudam na preservação dos reservatórios da superfície.
Mas afinal, como esse acesso e o alcance da autossuficiência é possível? Quais são os passos para se adaptar a essa nova necessidade e se preparar para o futuro?
A preocupação com a escassez hídrica têm levado famílias a questionarem quais são as soluções alternativas para garantir o acesso a esse recurso vital com menos preocupações. Nesse contexto, os poços artesianos residenciais são uma opção confiável e segura de água.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que o acesso à água de qualidade é fundamental para questões de saúde pública, principalmente em momentos de crise hídrica. Portanto, a autossuficiência hídrica por meio de reservatórios subterrâneos torna-se uma alternativa eficaz.
Afonso Smiderle, diretor da AVS Poços Artesianos afirma que “desde que seja bem monitorada, a água subterrânea é menos suscetível a contaminações do que a da superfície, apesar de não serem imunes aos agentes patológicos e ainda assim requerer testes e tratamentos”.
Ele argumenta que além do simples acesso à água, as famílias que possuem poços artesianos podem se beneficiar de um recurso mais limpo e seguro para uso doméstico.
O diretor também comenta sobre as tarifas de água apresentarem um aumento recorrente. O estudo “Pesquisa Global de Tarifas de Água” da GWI (Global Water Intelligence), feita em 188 países, demonstrou um aumento médio de 8,2% na conta de água entre julho de 2022 e julho de 2023, o segundo mais alto registrado desde 2011.
Quando perguntado sobre os requisitos legais para a perfuração de poços artesianos, Afonso complementa que “é essencial entender e seguir os requisitos legais para perfuração de poços artesianos. A regularização e a manutenção preventiva garantem a qualidade e a confiabilidade da estrutura.”
Em São Paulo, por exemplo, o SP ÁGUAS gerencia o uso de águas subterrâneas e exige um estudo hidrogeológico da área para liberação da perfuração, que também precisa seguir normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Afonso Smiderle ainda destaca que “instalar um poço artesiano vai muito além de abrir uma fonte de água particular. Regularizar todas as etapas do processo e seguir as normas estabelecidas são atitudes fundamentais para garantir a segurança da água e respeitar o meio ambiente”.
Ele também complementa que quando os projetos são feitos dentro das normas técnicas e com as devidas licenças, isso beneficia não só o proprietário do poço, mas também a comunidade ao redor, pois ajuda a proteger os aquíferos e assegura que o recurso seja utilizado de forma responsável e sustentável.
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