O Brasil sofre, desde 1990, um processo de desindustrialização, segundo artigo publicado na agência de notícias da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entidade que representa o setor. Como o próprio nome diz, esse fenômeno consiste no fechamento de indústrias e na redução da participação desse segmento na atividade econômica do país.
Um dos dados citados no artigo é o de que, em 1985, a indústria de transformação (que transforma matéria-prima em produtos finais ou intermediários) representava 36% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Em 2021, no entanto, a atividade atingiu apenas 11% de participação na produção nacional.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também já apontou, em uma pesquisa anterior, que o Brasil perdeu cerca de 28 mil indústrias extrativas e de transformação entre 2013 e 2019.
Luciano Bravo, CVO da Inteligência Comercial, avalia que a desindustrialização é um reflexo de múltiplos fatores que acompanham o Brasil há décadas. Entre eles, estão carga tributária elevada e infraestrutura insuficiente.
“Esses fatores, somados à volatilidade cambial e à falta de incentivos à inovação, têm reduzido a participação da indústria no PIB, agravando a dependência de exportação de commodities e limitando o desenvolvimento de cadeias produtivas de alto valor agregado”, diz.
Com a desindustrialização, o país perde empregos e competitividade global, vendo a sua balança comercial se tornar mais vulnerável a oscilações de commodities. Bravo lembra que, em maio de 2024, a CNI assinou, juntamente com federações e associações do setor, uma declaração que foi entregue ao governo federal.
Nela, são propostas ações para estimular a reindustrialização do Brasil, como a construção de um sistema tributário moderno e eficiente, a criação de uma estratégia de descarbonização e a inserção internacional pragmática.
Bravo destaca esse último ponto, enfatizando que a inserção internacional pragmática é essencial para que o Brasil amplie a participação em cadeias produtivas globais e aproveite as oportunidades de mercado em diferentes países. Uma das formas de fazer isso é por meio do crédito internacional ‒ ou seja, buscar fontes de financiamento em bancos e fundos do exterior, pontua.
“O crédito internacional pode ser um aliado da reindustrialização ao oferecer acesso a capital com taxas mais competitivas e prazos mais longos, permitindo que as empresas invistam em modernização, inovação tecnológica e expansão de suas operações”, afirma Bravo.
De acordo com ele, o financiamento externo possibilita ainda a importação de equipamentos e tecnologias avançadas, reduzindo a diferença de produtividade em relação a mercados mais desenvolvidos. “Em um cenário de reindustrialização, o crédito internacional é fundamental para apoiar projetos de longo prazo e aumentar a competitividade global”, reforça.
“A inserção internacional pragmática permite a diversificação de mercados, maior integração com parceiros estratégicos e acesso a tecnologias e práticas inovadoras. Além disso, ao fortalecer laços com outros países, o setor industrial brasileiro aumenta sua capacidade de exportação, reduz custos e se posiciona como um player competitivo em um mercado cada vez mais globalizado”, ressalta Bravo.
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