Especialistas dão dicas de cuidados com a saúde no verão

Com a chegada da estação mais quente do ano, as altas temperaturas e mudanças ambientais podem afetar a saúde do nariz, ouvido e garganta. Essas partes do corpo também são vulneráveis e exigem cuidados especiais para evitar desconfortos e infecções.

Abaixo é possível conferir algumas dicas dos especialistas da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) para manter a saúde e bem-estar durante a estação mais quente do ano.

Nariz

Manter-se hidratado: beber bastante água também é fundamental para o bom funcionamento do nariz, pois ajuda a manter a umidade das mucosas nasais, uma parte muito delicada e altamente vascularizada do organismo. Essa prática vai evitar desconforto e irritação no processo de respiração.

Evitar a exposição prolongada em local com ar-condicionado: o aparelho resseca a umidade do ar e o revestimento interno do nariz. Além disso, a transição entre locais com refrigeração e clima ambiente também prejudica a defesa natural das vias respiratórias.

“Por isso, caso esteja em local com ar-condicionado, procure manter o ambiente com temperatura amena, umidade adequada e use umidificadores quando o ar está seco”, recomenda Fabiana Valera, otorrinolaringologista da Academia Brasileira de Rinologia e membro da ABORL-CCF.

Atenção ao ventilador:  o vento pode amenizar o calor, mas é bom evitar deixar o equipamento em contato direto com o rosto, pois isso acelera o ressecamento das vias aéreas. “Além disso, o ventilador é um utensílio que promove a dissipação da poeira e outras partículas que estejam no cômodo. E quem sofre com alergias, como a rinite alérgica, pode ter uma crise caso o ambiente não esteja 100% limpo”, alerta a médica.

Realizar lavagem nasal: a aplicação de solução salina ou soro fisiológico nas narinas auxiliará na retirada das impurezas que foram aspiradas ao longo do dia e ajudará na manutenção da umidade do nariz, trazendo mais conforto para a respiração.

Garganta

Diversos cuidados com a saúde do nariz também refletem positivamente na garganta. São eles:

Ingerir muita água: a hidratação evita o ressecamento da mucosa da garganta, eliminando as chances de irritações na região. Por isso, a dica dos especialistas é sempre ter uma garrafa de água por perto.

“Em dias de altas temperaturas, há maior transpiração e perda de fluidos, ou seja, maior desidratação, gerando a sensação de garganta seca. Além disso, passar muito tempo em ambientes com ar condicionado e ventilador pode reduzir os níveis de umidade, contribuindo ainda mais para a secura na região”, explica a especialista da Academia Brasileira de Laringologia e Voz e membro da ABORL-CCF, Karine Gonçalves.

Evitar mudanças bruscas de temperatura:  alterações repentinas da temperatura e umidade do ar são fatores ambientais que podem contribuir para dor de garganta. “A exposição ao frio e seco, típico do ar-condicionado, pode irritar a mucosa da região, causando dor e desconforto”, alerta a médica. Por isso, a recomendação é não ficar na frente ou embaixo da saída do ar.

Além disso, é recomendado evitar usar o equipamento para a menor temperatura. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orienta que, para melhor conforto térmico, o ar-condicionado seja regulado para 23º e 26º graus no verão.

Ouvido

Cuidado com a água: o excesso de umidade nos ouvidos, devido à maior frequência de banhos de piscina ou tempo no mar, pode causar otites, um tipo de infecção que gera coceira, descamação, sensação de abafamento no canal auditivo e que se torna muito frequente no verão.

“Recomendamos que, ao sair do mar ou da piscina, a região dos ouvidos seja seca apenas com uma toalha macia. Evite utilizar objetos ou instrumentos para a secagem ou limpeza interna das orelhas”, informa o presidente da Sociedade Brasileira de Otologia e membro da ABORL-CCF, Robinson Koji Tsuji.

Outra dica do especialista é especialmente para as crianças que costumam se envolver mais em atividades aquáticas. “O uso de tampões de silicone moldável é uma alternativa para reduzir o risco de que a água entre nos ouvidos, já que esse público é bastante impactado pelas otites”, sugere.

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