Dor lombar afeta 10% da população brasileira e é a segunda causa de afastamento

Uma estimativa preocupante aponta que até 2050 cerca de 843 milhões de pessoas ao redor do mundo sofrerão com dor lombar, conforme dados do Global Burden of Disease (GBD) 2021. No Brasil, a lombalgia já afeta aproximadamente 10% da população, sendo uma das principais queixas médicas e a segunda maior causa de afastamentos laborais, segundo o Ministério da Previdência Social.

Somente em 2023, quase 50 mil trabalhadores precisaram se afastar de suas atividades devido à condição. A pandemia de Covid-19 agravou ainda mais o cenário, com a adoção em larga escala do home office. A falta de estrutura ergonômica adequada em residências aumentou a prevalência de dores lombares, especialmente entre pessoas que permanecem longos períodos em cadeiras inadequadas.

De acordo com especialistas, as causas da lombalgia variam conforme a idade. Jovens frequentemente enfrentam o problema devido ao uso prolongado de dispositivos eletrônicos e mochilas pesadas, enquanto adultos são impactados pelo sedentarismo e pela rotina de trabalho que exige longas horas sentados. Já nos idosos, a incidência está associada a condições como osteoporose e perda de massa muscular.

O ortopedista Thiago Brustolini recomenda estratégias de prevenção, como fortalecimento do core (região abdominal e lombar), prática de exercícios de baixo impacto, e alongamentos regulares durante a jornada de trabalho. “Manter uma postura correta e evitar longos períodos sentado são ações cruciais para minimizar as dores lombares”, destaca Brustolini.

Além disso, atividades como ioga e pilates podem contribuir para melhorar a flexibilidade e a força muscular, reduzindo o risco de dores crônicas. Por outro lado, atividades de alto impacto devem ser realizadas com orientação profissional para evitar lesões.

A dor lombar, embora comum, pode ser sinal de problemas mais graves, como compressões de nervos ou inflamações. É importante buscar orientação médica em casos de dores persistentes ou associadas a sintomas como formigamento ou irradiação para as pernas.

Para enfrentar essa realidade, empresas também têm papel fundamental ao investir em ergonomia e promover campanhas educativas sobre saúde postural. Estratégias preventivas e acompanhamento médico podem reduzir significativamente o impacto da lombalgia na qualidade de vida dos brasileiros.

Para detalhes sobre quem sofre de dores lombares e seus direitos previdenciários, basta acessar:

CID M545: Lombalgia Aposenta?

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