Maio Cinza: mês reforça a conscientização sobre o câncer cerebral

Maio Cinza é dedicado à conscientização e ao combate ao câncer cerebral, uma das doenças mais letais entre os diversos tipos de tumor no Brasil. A campanha tem como objetivo alertar a população sobre os sintomas, incentivar o diagnóstico precoce e valorizar o papel fundamental da medicina especializada no tratamento eficaz desses casos.

Em uma tabela publicada pelo Global Cancer Observatory, uma agência da Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer cerebral ocupa a 19º posição em número de novos casos, com estimativa de afetar 321.731 mil pessoas em todo o mundo. Desses casos, mais de 248.500 mil resultam em óbitos.

No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que cerca de 11.490 mil novos casos de tumores de sistema nervoso cerebral, a parte do sistema nervoso que inclui o encéfalo e a medula espinhal, são diagnosticados anualmente, sendo 6.110 homens e 5.380 mulheres.

O Prof. Dr. Feres Chaddad, chefe na área de Neurocirurgia da Unifesp — onde, desde 2012, forma novos neurocirurgiões e coordena iniciativas de ensino e pesquisa —, destaca que os primeiros sinais de alerta são as dores de cabeça frequentes e persistentes, convulsões sem causa conhecida, alteração na visão, perda de memória e confusão.

“Os tumores cerebrais podem pressionar áreas críticas do cérebro, causando danos neurológicos permanentes. O diagnóstico precoce permite intervir antes que funções importantes, como fala, movimento, visão ou memória, sejam comprometidas de forma irreversível”.

Ressaltando a importância da prevenção, a campanha Maio Cinza chama a atenção para aumentar a visibilidade do tema, o incentivo a mais investimentos em pesquisa para novos tratamentos e pressiona por melhores políticas de saúde, acesso a exames de imagem (como a ressonância magnética) e tratamento especializado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Em estágios iniciais, há uma gama maior de tratamentos disponíveis, incluindo cirurgia menos invasiva, terapias focadas e até participação em ensaios clínicos. Em estágios avançados, o tratamento pode se limitar ao controle dos sintomas, como a cirurgia neuro-oncológica, radioterapia, quimioterapia, terapias alvo e imunoterapia, cuidados suplementares e reabilitação”, conclui o neurocirurgião.

Sobre Dr. Feres Chaddad

Professor e chefe na área de Neurocirurgia da Unifesp, onde, desde 2012, atua na graduação, residência médica e também na pós-graduação stricto sensu. É orientador do Programa de Pós-Graduação em Neurologia e Neurociências da Unifesp, contribuindo ativamente para a produção científica de alto nível e para a formação de mestres e doutores na área.

Atua nacional e internacionalmente na área de microneurocirurgia e cirurgia cerebrovascular, aborda lesões neurocirúrgicas de alta complexidade, como malformações arteriovenosas, cavernomas, aneurismas intracranianos e tumores cerebrais. Coordena o Laboratório de Anatomia Microcirúrgica da Unifesp, onde promove o aperfeiçoamento contínuo de habilidades cirúrgicas por meio de programas de imersão e fellowships.

Membro de colegiados, como a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, o Congress of Neurological Surgeons e a American Association of Neurological Surgeons, com mais de duas décadas de experiência, o Dr. Feres Chaddad periodicamente recebe neurocirurgiões de diversas partes do mundo para estágios de aperfeiçoamento e especialização, reforçando seu papel na formação e atualização de profissionais da área.

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