Mulheres na liderança corporativa veem avanços, mas ainda enfrentam desafios

A presença feminina em cargos de liderança no Brasil tem apresentado avanços nos últimos anos, mas ainda enfrenta desafios significativos. De acordo com um estudo realizado pela Bain & Company, o percentual de mulheres ocupando cargos de CEO no país cresceu de 3% para 6%, enquanto a participação feminina em posições executivas subiu de 23% para 34%.

Adriana Lago, diretora de TI e Inovação da Jamef, construiu uma trajetória profissional na área de tecnologia, um setor com maior presença masculina. Durante sua formação acadêmica e ao longo da carreira, enfrentou desafios relacionados à inserção feminina no segmento. “A representatividade feminina e a equidade de gênero no mercado de trabalho são essenciais para um futuro mais inclusivo. As empresas têm um papel fundamental em incentivar a participação das mulheres na tecnologia e logística”, afirma Adriana Lago.

Andrea Rivetti, CEO e fundadora da Arklok, ingressou no setor de tecnologia após iniciar sua formação em Direito e se especializar na área. A atuação no mercado envolveu desafios para demonstrar as vantagens da locação de equipamentos em um setor tradicionalmente patrimonialista. “É preciso que a paixão e a inovação superem os obstáculos, abrindo caminho para outras mulheres no setor de tecnologia”, destaca Andrea Rivetti.

Marli Garcia, gerente de Recursos Humanos da Fujitsu General do Brasil, está na empresa há mais de 30 anos e acompanhou a evolução das práticas organizacionais voltadas à inclusão. “A importância de contar com gestores que promovem um ambiente inclusivo e uma gestão humanizada é essencial para o desenvolvimento profissional e pessoal”, ressalta Marli Garcia.

Iniciativas voltadas para a inclusão

A diversidade de gênero nas organizações tem impacto positivo na produtividade e na inovação. Segundo um estudo da ONU Mulheres, empresas com maior equilíbrio entre homens e mulheres têm até 15% mais chances de aumentar sua lucratividade.

A SH, empresa do setor de construção civil, implementa iniciativas para ampliar a participação feminina em cargos de liderança. Sob a direção de Ruth Castro, a companhia desenvolve programas de desenvolvimento profissional voltados às mulheres.

A SPAR Brasil também adotou medidas para aumentar a presença feminina na gestão, passando a contar com 62% de mulheres em seu comitê executivo. A empresa também recebeu a certificação LVCM (Espaço Livre de Violência contra a Mulher), que reconhece organizações que implementam políticas de igualdade de gênero e combate à violência contra a mulher.

Apesar dessas iniciativas, a equidade de gênero nas lideranças empresariais ainda não foi alcançada. Uma pesquisa da FIA Business School realizada em 2024 revelou que as mulheres ocupam apenas 28% dos cargos de liderança no Brasil, percentual semelhante ao de anos anteriores.

Os dados reforçam a necessidade de políticas corporativas que ampliem a inclusão feminina em posições estratégicas e promovam condições equitativas de desenvolvimento profissional.

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