Arte brasileira cresce e ganha força no exterior
De acordo com a 7ª Edição da Pesquisa Setorial sobre o Mercado de Artes Visuais no Brasil, realizada pela Associação Brasileira de Arte Contemporânea (ABACT), em colaboração com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o mercado de artes no Brasil movimentou R$2,9 bilhões ao longo de 2023 — um crescimento de 21% em comparação com o ano anterior. O levantamento ouviu 76 galerias e 45 profissionais da área, entre eles artistas, colecionadores, curadores, consultores, representantes de feiras e leilões. As informações foram divulgadas no site da ApexBrasil.
Marta Fadel Martins Lobão, advogada e colecionadora de arte, explica que os números refletem uma mudança significativa no cenário artístico brasileiro. “Acredito que ele seja resultado de um amadurecimento estrutural do setor, somado a fatores conjunturais muito favoráveis. Por um lado, a retomada das atividades presenciais — feiras, exposições, bienais — reacendeu o interesse do público e dos colecionadores. Por outro, a consolidação de canais digitais de venda e divulgação ampliou o alcance da produção artística brasileira, tanto nacional quanto internacionalmente”, analisa.
A profissional também destaca o aumento do interesse de novos públicos, em especial de jovens colecionadores que, por estarem conectados às redes sociais e ligados a questões identitárias, passaram a consumir arte de maneira mais engajada e abrangente. “O mercado, de forma geral, tem respondido com mais dinamismo, mais diálogo e mais profissionalismo”, acrescenta.
Ainda segundo a especialista, um dos principais fatores desse novo ciclo de crescimento do setor de artes no Brasil é a profissionalização das galerias. Hoje, conforme Marta analisa, as estruturas estão mais organizadas, e as equipes multidisciplinares não atuam apenas na curadoria, mas também na gestão de carreira dos artistas, na comunicação, nas relações institucionais e na logística — o que eleva o patamar de atuação das galerias, gerando mais confiança entre compradores e investidores.
“A digitalização, por sua vez, democratizou o acesso à informação e ao próprio acervo artístico. Sites bem estruturados, catálogos digitais, visitas virtuais e plataformas de e-commerce especializadas tornaram o processo de compra mais transparente, ágil e acessível, inclusive para quem está fora dos grandes centros urbanos. Isso gera uma competitividade mais saudável, baseada na excelência e na inovação”, reforça a advogada Marta Fadel Martins Lobão.
Porém, ela alerta para a desigualdade no acesso às tecnologias, tanto por parte de artistas quanto de galerias de pequeno porte. Não basta ter um perfil nas redes ou uma loja on-line — é preciso entender como se posicionar, comunicar e comercializar arte em um ambiente competitivo e em constante mudança.
Internacionalização em alta
A 7ª Edição da Pesquisa Setorial sobre o Mercado de Artes Visuais no Brasil também apontou um aumento de 24%, em 2023, nas exportações de arte brasileira, sendo os Estados Unidos e o Reino Unido os principais destinos. Para Marta, o crescimento é resultado da internacionalização da produção artística nacional. “Estratégias como a participação em feiras internacionais — Frieze, Art Basel, Arco Madrid, entre outras — e o fortalecimento de parcerias com curadores e instituições estrangeiras têm sido decisivas para isso”, pondera.
Já o aumento no número de galerias com filiais em outras cidades e no exterior, conforme detalha a profissional, evidencia um avanço no posicionamento das galerias brasileiras, que demonstram uma crescente consciência sobre a importância de ampliar seu público e se adaptar a diferentes contextos culturais e econômicos.
“Ter filiais em outras cidades ou países não é apenas uma estratégia de crescimento — é também uma forma de construir redes, fomentar intercâmbios e fortalecer a presença da arte brasileira em circuitos globais. Isso também representa uma descentralização saudável do mercado, historicamente muito concentrado em alguns poucos polos como São Paulo e Rio de Janeiro”, considera Fadel.
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