5 livros que marcaram a carreira de um jornalista

Comunique-se publica conteúdo assinado por Patrick Santos, do podcast ‘45 do Primeiro Tempo’

Desde muito cedo, sempre quis ser jornalista. Sou um apaixonado por histórias e por gente.
Depois de mais de 20 anos na linha de frente, gastando sola de sapato em reportagens ou mesmo comandando equipes, estou um pouco distante do dia a dia da redação, mas continuo jornalista.

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Tenho gostado de me aventurar em outros campos da comunicação. Já escrevi livro, comando podcast e mais recentemente lancei um documentário. Hoje, mais do que tudo, jornalismo para mim é viver a verdade, chegar no outro e ajudar a construir um ser humano melhor.

Neste Dia do Jornalista, quero deixar alguns dos livros que me marcaram e que me construíram nesta jornada.

Veja, abaixo, o top five:

1. Elogiemos os Homens Ilustres. O mais profundo e verdadeiro relato de uma grande reportagem durante a “Depressão de 29”, que mostrou as condições de vida dos lavradores pobres. Nunca li algo tão profundo e que extrapolou os limites das palavras. Não é um livro de leitura fácil, mas é marcante
2. Um adivinho me disse. Quem me conhece já cansou de me ver falando desse livro. É um relato de viagem delicioso de um ano na vida de Tiziano Terzani, um dos mais respeitados jornalistas italianos de todos os tempos. De trem, de ônibus, de navio ele nos apresenta um Oriente e os seus misticismos.
3. Hiroshima. Uma das reportagens mais lindas e completas com a veia do jornalismo literário. Um retrato profundo de seis sobreviventes da bomba atômica, um ano depois da explosão e quarenta anos mais tarde.
4. O Ano do Pensamento Mágico. Um livro profundo que nos ensina muito sobre a vida. Ao contar sua própria experiência após a morte do marido e a longa doença de sua única filha, a aclamada jornalista e escritora Joan Didion nos revela como conseguiu sobreviver a esses dias de dor e desespero. Lindo.
5. O Olho da Rua. Dez grandes reportagens e seus bastidores feitos pela jornalista Eliane Brum. É uma literatura do real.

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Por Patrick Santos, jornalista. Ex-gerente de jornalismo da rede Jovem Pan e idealizador do podcast ‘45 do Primeiro Tempo’.